Presente à formatura de 410 alunos da segunda turma do programa de Formação Acelerada em Programação (FAP), em Recife (PE), na sexta-feira (26), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciano Santos, anunciou a abertura de 40 mil novas vagas para o programa este ano, em todo o país.
Durante a cerimônia, a ministra ressaltou a importância da ampliação da residência em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na formação de recursos humanos na área. “Nós vamos dar escala a essa iniciativa, vamos abrir 40 mil vagas no Brasil todo. E isso é muito importante: qualquer pessoa, terminando o ensino médio, ou no último ano do ensino médio, poderá acessar esses cursos – que são gratuitos – e poderá virar um programador, um desenvolvedor de software”, disse a ministra.
De acordo com dados do ministério, o programa Residência em TIC, implementado com recursos da Lei de TICs, já chegou a 62 mil pessoas de diferentes regiões do país, com capacitações para atuarem em áreas como computação em nuvem, big data, Segurança Cibernética, Internet das Coisas, Manufatura Avançada, robótica e Inteligência Artificial.
O programa é realizado em 38 institutos de pesquisa e universidades nas mais diversas regiões do país em parceria com 200 empresas do setor de TICs. Até o momento já foram aprovados R$ 730 milhões do ministério para o programa.
Além da formação, o objetivo do treinamento é alocar os jovens nas empresas parceiras que aderem ao programa. “Nesse sentido, parte dos recursos é destinada a custear Bolsas de Inserção. A partir de fevereiro, os alunos serão encaminhados para essas empresas, com uma bolsa de R$ 600 reais, para uma residência de três meses, unindo conhecimento prático e teórico”, informa o ministério.
Segundo a ministra Luciana Santos, a outra novidade é que com a abertura dessas 40 mil novas vagas pelo país, além da bolsa de inserção, os alunos passem a receber, já na etapa da formação – que dura seis meses – uma bolsa de R$ 200, para incentivar o ingresso.
“A ideia é prover mão de obra qualificada para o setor de Tecnologia da Informação, numa das mais dinâmicas cadeias da nossa economia, que, hoje, sofre com um déficit de profissionais, que se calcula ser de 100 mil por ano. E, ao mesmo tempo, gerar oportunidades para jovens brasileiros. Essas são profissões que perpassam tudo que é cadeia produtiva, da agricultura à saúde”, afirmou a ministra.
A formatura em Recife integrou jovens de cidades de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Com esta nova turma que se formou, já são 640 alunos que concluíram este processo de capacitação em Desenvolvedor Front End e Desenvolvedor Back End na região. Ao todo, o MCTI investirá R$ 8,6 milhões nas três fases do FAP, para formar 1500 jovens desses estados.
Para Yves Nogueira, presidente da Softex, que realiza o programa na região, a iniciativa abre um leque de oportunidade para os jovens que ainda não se formaram ingressarem no mercado de trabalho.
“Isso tem que estar disponível para qualquer cidadão, não importa a classe ou o nível de renda da família. E é isso que a gente está fazendo. Eu fui aluno da escola pública, tive esse direito, e é importante estender esse direito para todo mundo”, disse.
“É muito importante para nós, alunos, esse momento, e também para quem organiza esse evento, porque ele acaba validando que a educação transforma vidas e que o FAP tem dado certo de fato”, afirmou Amanda Chaves, uma das formandas do FAP, durante a cerimônia. O FAP tem previsão de abrir inscrições para sua terceira turma em abril.