O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a saída de Sara Giromini da prisão, mas com uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
No dia 15, a Polícia Federal prendeu Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, e mais cinco organizadores do grupo bolsonarista “300 do Brasil” por terem bombardeado com fogos de artifício o prédio do STF e ameaçado seus ministros.
A prisão foi autorizada por Alexandre de Moraes, que é relator do inquérito das fake news, que investiga o financiamento, produção e propagação de notícias falsas e ameaças contra a Corte.
O grupo esteve organizando a protagonizando as cada vez menores manifestações pelo fechamento do STF e do Congresso Nacional. Em uma delas, o grupo vestiu capuzes brancos e carregou tochas, imitando a Ku Klux Klan ou a “marcha das tochas”, feita pelos nazistas na Alemanha em 1933.
Alexandre de Moraes autorizou a saída de Sara Giromini e de mais quatro, não ficando clara a atual situação do sexto elemento preso na manhã do dia 15.
Eles deverão usar tornozeleira eletrônica e, quando autorizados a sair de casa para ir ao trabalho ou estudos, terão que manter distância mínima de um quilômetro da casa dos ministros do STF, do prédio da Corte e do Congresso Nacional.
Eles também estão proibidos de manter contato, inclusive telemático, entre si e com os demais membros do “300 do Brasil”.
A decisão também os proíbe de manter contato com blogs e sites bolsonaristas, como o “Terça Livre”, “Folha Política” e outros, e com empresas, como a Inclutech Tecnologia de Informação, que está sendo investigada por ter recebido verba parlamentar de deputados bolsonaristas para fazer propaganda das manifestações golpistas.
Em sua decisão, Moraes afirmou que os bolsonaristas apresentam risco às investigações, justificando a tornozeleira. “Considerando, todavia, a gravidade e reprovabilidade das condutas até agora a eles atribuídas, entendo ser suficiente para a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive com a utilização de monitoração eletrônica”, disse.
Giromini se autodenominou Sara Winter em homenagem à uma espiã nazista britânica e amiga de Hitler chamada Sarah Winter née Domville-Taylor.