Ministro da Defesa defende orçamento obrigatório para as Forças Armadas

Ministro da defesa, José Múcio (Foto: Antonio Cruz - Agência Brasil)

O ministro da Defesa, José Múcio, defendeu que seja estabelecido “um percentual fixo” de 2% da Receita Corrente Líquida federal, para impedir falta de equipamentos e garantir investimentos em projetos.

“Nossa grande luta é aprovar a PEC da Previsibilidade. O Brasil precisa ter um percentual fixo para investir em defesa, educação e saúde, independentemente de vontades políticas ou projetos partidários”, defendeu o ministro em evento do grupo Lide, em São Paulo.

Na quarta-feira (7), Múcio esteve em Brasília para se reunir com Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, e Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, para debater a proposta.

“Nós vivemos num mundo terrivelmente preocupante. O mundo inteiro está se armando. Países que, por muito tempo, acreditavam que não deveriam investir em armamentos por preceitos constitucionais, mudaram de posição”, comentou o ministro da Defesa.

De acordo com ele, a fixação de um valor a ser destinado para a Defesa ajuda as Forças Armadas “não mexer nas prioridades”. Militares apontam que no segundo semestre do ano itens essenciais podem faltar nas Forças por falta de orçamento.

O projeto inicial estabelecia um investimento fixo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), assim como os países da Otan, o que seria quase o dobro do investido hoje. 

O grupo agora defende que sejam 2% da Receita Corrente Líquida (RCL), que é a arrecadação federal subtraídos os repasses para Estados e municípios.

“Quando fizemos a conta, deu mais que educação e saúde. Já não tem nem como defender uma coisa dessas. Então, fizemos um novo projeto, será um substitutivo que o relator vai apresentar, e com isso vamos ficar abaixo”, explicou.

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