
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compartilhou na tarde de quarta-feira (25) mensagem de twitter do ex-bolsonarista Nando Moura chamando Jair Bolsonaro de “traidor” pela sanção do pacote anticrime sem vetar a criação da figura do juiz de garantia.
“Bolsonaro ao sancionar a emenda do FREIXO traiu não só o ministro Sérgio Moro mas TODO o povo brasileiro”, diz a mensagem compartilhada pelo ministro.
Weintraub tentou se justificar alegando que o compartilhamento da acusação de Nando, foi “sem querer”. “Estou em viagem, em um navio, com internet intermitente. Fico horas sem internet. Dei RT sem querer em um post. Evidentemente que foi um erro”, alegou, depois de apagar a mensagem.

Críticos de Weintraub rebateram a “explicação” para a divulgação da mensagem. “Para dar RT (retwittar) precisa clicar 2 vezes e o problema é a conexão… se fosse conexão mesmo, talvez nem teria dado a RT, não o contrário”, diz um comentário. “Curtir se curte por engano. RT, não”, diz outro seguidor de Bolsonaro.
A decisão de Weintraub de criticar o “chefe” fez a hashtag #BolsonaroTraidor tornar-se um dos assuntos mais comentados do Twitter na tarde de quarta-feira (25). O episódio deixou Bolsonaro furioso.
Seguidores próximos do “mito” relataram a Igor Gadelha, da revista Crusoé, que Bolsonaro não acreditou na versão de Weintraub. Segundo a revista, Bolsonaro considerou que Weintraub não só passou dos limites com o tweet que o chamava de traidor, como também estaria alimentando blogueiros contra o governo.
O ministro já vinha recebendo críticas de eleitores de Bolsonaro e seguidores de Olavo de Carvalho por conta da decisão de não renovar o contrato da TV Escola. O bando de fanáticos seguidores do “guru” da Virgínia pretendia usar o canal público para fazer sua cantilena obscurantista.
Weintraub achou melhor fechar o canal, não porque discordasse desses planos sinistros, mas sim porque é contra qualquer coisa que seja pública.
O ministro agora está na corda bamba por não ter percebido a tempo que o juiz de garantia, neste momento, ajuda Boslonaro em sua cruzada contra o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, responsável pelo caso de lavagem de dinheiro no gabinete de seu filho, Flávio.