Ministro defende entrega do urânio a estrangeiros

Produção de urânio em Caetité. Divulgação

O ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa de Albuquerque Júnior, declarou ser favorável à entrega das riquezas minerais do país, inclusive o urânio, ao capital estrangeiro. “Não adianta dizer que esta riqueza é sua se o país não tem condições de explorá-la e protegê-la”, disse.

“O Estado não deve ser dono de tudo, nem das empresas. Deve fomentar o investimento e aprimorar a regulamentação e a fiscalização. Não é o monopólio que garante a soberania, mas a capacidade de explorar as riquezas do país e defender seus interesses”, afirmou o almirante.

O urânio é o único minério sobre o qual a União ainda tem monopólio constitucional.

Na opinião do ministro, a exploração das minas de urânio de Caetité (BA) e Santa Quitéria (CE) passaria pelo estabelecimento de parcerias externas.

O Brasil possui a sétima maior reserva mundial de urânio, estimada em 309.000 toneladas do minério encontradas nos estados da Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais.

Segundo as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a reserva pode ser maior, com os estados da Região Norte podendo abrigar mais 300.000 toneladas.

E o ministro louco para passar para os estrangeiros, principalmente aos norte-americanos.

Bento Albuquerque frisou que há um interesse crescente do capital estrangeiro pela usina nuclear Angra 3.

O ministro informou que até junho será definido o modelo de licitação internacional para a entrega da usina.

Ele defendeu ainda a privatização das refinarias da Petrobrás e o aumento de participação das multinacionais no pré-sal. 

Assim, quer que seja acelerado o leilão dos barris de petróleo excedentes da cessão onerosa.

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