Ministro diz que acusações de assédio sexual “são ilações absurdas”

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom - Agência Brasil

O ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, negou a acusação de assédio sexual feita contra ele e disse que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que seria uma das vítimas, não se pronunciou. A primeira-dama Janja publicou uma foto abraçando e dando um beijo na testa de Anielle.

Em nota, Silvio Almeida disse que as acusações são mentirosas. “Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, falou o ministro.

“Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União (CGU), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República (PGR) para que façam uma apuração cuidadosa do caso”, informou.

Segundo ele, “tais difamações não encontrarão par com a realidade”.

“De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias”, continuou Silvio Almeida.

O caso começou a circular após uma denúncia anônima veiculada pela ONG Me Too, que atua no combate à violência contra a mulher.

O portal Metrópoles informou que a ministra Anielle Franco teria sido uma das vítimas. Outros jornais confirmaram que a informação já é debatida dentro do governo Lula há três meses.

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, publicou uma foto de mãos dadas com Anielle Franco e escreveu: “Minha solidariedade e apoio a você, Anielle, minha amiga e colega de Esplanada, neste difícil momento”.

O Ministério da Mulher publicou uma nota afirmando que “é preciso que toda denúncia seja investigada de forma célere, com rigor e perspectiva de gênero, dando o devido crédito à palavra das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar”.

“Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, assinalou.

Para a pasta, as denúncias apresentadas contra Silvio Almeida “são graves e serão apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República”.

O Ministério da Mulher ainda prestou “solidariedade a todas as mulheres que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência. A palavra de vocês terá sempre o nosso crédito e respeito e nossos canais do Ligue 180 e da Ouvidoria estarão sempre à disposição”.

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