O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, afirmou que é falsa uma troca de mensagens que circulou em rede social com críticas a Bolsonaro, da qual ele seria um dos interlocutores. O suposto diálogo no WhatsApp exibe a data de 6 de maio de 2019.
Na conversa, também há críticas a um dos filhos de Bolsonaro, não especificado, e a uma pessoa chamada “Fábio”.
Segundo o general Santos Cruz, a conversa é falsa porque o horário da troca de mensagens mostrado na imagem coincide com o momento em que ele estava em uma viagem de avião de Brasília para São Gabriel da Cachoeira (AM).
“O desqualificado que fabricou o diálogo falso, aonde eu seria um dos interlocutores, falando do presidente, famílias, Fábio e do vice-presidente, cometeu um crime absurdamente mal feito, pois o print da tela revela que o ‘diálogo’ foi no dia 6 de maio, dentro do horário que eu estava voando de Brasília para São Gabriel da Cachoeira-AM”, afirmou o ministro na terça-feira (14).
No dia anterior, ele se queixou com Bolsonaro que estaria sendo vítima de notícias falsas nas redes sociais. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. A reclamação do ministro ocorreu no auge da tensão provocada pela imagem, quando se especulou que seria exonerado.
O titular da Secretaria de Governo esteve recentemente no centro de uma crise política, desencadeada por ataques desferidos pelo guru da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, contra os militares que integram a administração federal. Por seu lado, Santos Cruz também disparou contra o guru de Bolsonaro e seus aliados. O militar vive se queixando a Bolsonaro de que está sendo enxovalhado. Bolsonaro finge que ouve e Santos Cruz se agarra ao cargo com unhas e dentes mesmo assim.
Na semana passada, quando o diálogo teria ocorrido, o ideólogo fez postagens em suas redes sociais dizendo que o general é um “bandidinho” que financia “comunistas”. Olavo afirmou que Santos Cruz está fazendo tráfico de influência no governo com o objetivo de favorecer organizações de esquerda.
O autoproclamado filósofo disse que o general estava tentando forçar o Ministério das Relações Exteriores a pagar convênios que o próprio Bolsonaro havia suspendido e que favoreciam organizações “notoriamente esquerdistas, inimigas do governo”.