Lula propôs criação de fórum de paz para auxiliar as negociações entre Rússia e Ucrânia diante do conflito em solo europeu
O chanceler brasileiro Mauro Vieira conversou, nesta sexta-feira (3), por telefone, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, que aproveitou a oportunidade para renovar os cumprimentos pela posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em publicação divulgada nas redes, o Itamaraty informou que os “ministros concordaram em manter encontro no futuro próximo” e que Lavrov aproveitou para “renovar os cumprimentos pela posse do presidente Lula”.
Em nota, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) russo informou que os países “confirmaram a aspiração mútua de continuar o trabalho conjunto visando fortalecer as relações como aliado estratégico entre a Rússia e o Brasil”.
Da mesma forma, a nota aponta que os ministros “discutiram a interação no formato bilateral e na arena internacional e acertaram o calendário dos próximos contatos russo-brasileiros em diferentes níveis”.
Segundo a agência Sputnik News Brasil, os ministros concordaram em manter encontro no futuro próximo.
FÓRUM DE PAZ
Na última terça-feira (31), o presidente Lula propôs a criação de fórum de paz para auxiliar as negociações entre Rússia e Ucrânia diante do conflito em solo europeu.
Lula defendeu a construção do mecanismo de diálogo entre Rússia e Ucrânia após encontro com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que havia pedido que o Brasil se comprometesse com o envio de munições a Kiev.
O mandatário brasileiro, no entanto, negou a solicitação e disse que a guerra dele é contra a fome, não contra a Rússia.
ERA BOLSONARISTA
Com Lula, o Brasil vai voltando com vigor a ocupar espaço nas relações internacionais. O Brasil é respeitado no mundo pelo fato de ter tradição não beligerante.
Na era Bolsonaro, a imagem pitoresca do país é retratada, de forma cruel, e dizia muito sobre o isolamento do Brasil no governo de Jair Bolsonaro: durante recepção do G20, em Roma, em 2021, enquanto os líderes mundiais conversavam amigavelmente, o presidente, sozinho tentava falar com os garçons perto do bufê.
País de dimensões continentais e até então respeitado, o Brasil perdeu parte do prestígio no mundo durante os 4 anos do mandato do ex-presidente de extrema-direita.
M. V.