Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio de Mello, reafirmaram confiança no sistema eletrônico de votação e desafiaram Jair Bolsonaro a apresentar as provas que diz ter.
Em discurso feito nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro disse que reuniu provas de que “fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude”. Nenhuma prova foi apresentada quase 48 horas depois.
“Se alguém trouxer alguma prova, alguma evidência, estou pronto para examinar, a gente tem sempre espaço para aperfeiçoamento”, respondeu Barroso, que será o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Agora, não pode ser uma coisa retórica, tem de ser uma coisa fundada em elementos objetivamente aferíveis. Não pode ser ‘eu acho’, é preciso que haja elementos”, continuou.
Barroso escreveu, junto com Rosa Weber, presidente do TSE, a nota emitida pela corte, na qual “reafirma a absoluta confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de votação e, sobretudo, de sua auditabilidade, a permitir a apuração de eventuais denúncias e suspeitas, sem que jamais tenha sido comprovado um caso de fraude, ao longo de mais de 20 anos de sua utilização”.
O ministro Marco Aurélio Mello, que foi presidente do TSE quando da primeira utilização do sistema eletrônico, em 1996, afirmou que “de lá pra cá não houve uma única impugnação ao sistema minimamente séria. Ninguém coloca em dúvida a lisura da Justiça”.
Na terça-feira (10), Bolsonaro voltou a questionar as eleições. “Eu quero que você me ache um brasileiro que confie no sistema eleitoral brasileiro”, disse.
A ministra Rosa Weber disse que “ao longo de mais de 20 anos, jamais foi comprovada qualquer fraude”. “Que fique muito claro: a Justiça Eleitoral não compactua com fraudes. Eu mantenho minha convicção quanto à absoluta confiabilidade no nosso sistema eletrônico de votação”.
De acordo com o secretário-geral da presidência do TSE, Estêvão Waterloo, de “tudo que foi formalizado e investigado, em nenhum momento se concluiu ou se sinalizou minimamente a ocorrência de fraude ou qualquer tipo de intervenção indevida, e sim falhas em equipamentos que ocorreram”.
O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiro, disse que o Ministério Público Federal confia no sistema eletrônico e que se Bolsonaro apresentar as provas que diz ter, a Procuradoria abrirá uma investigação.
Caso o pinóquio não apresente provas acerca das eleições de 2018, o que acontecerá com ele, as instituições democrálticas têm que tomar providências pra já o bravateiro passou de todos os limites.