O ataque com mísseis dos EUA contra a Síria, com apoio da França e Inglaterra, ocorrido horas antes da chegada da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ), destruiu uma instituição de pesquisa científica que produzia medicamentos contra o câncer.
Segundo o Pentágono, entre os alvos estavam três instalações com armas químicas: o centro de pesquisa e desenvolvimento no distrito de Barzeh, em Damasco, e duas instalações perto de Homs. Nenhuma prova foi apresentada.
A Instituição para o Desenvolvimento das Indústrias Farmacêutica e Química, em Barzeh, especializou-se na produção de medicamentos específicos, que estão em falta no país devido às sanções impostas contra a Síria.
De acordo com Saeed Saeed, que chefiava a instituição de pesquisa destruída, os prédios foram usados para pesquisar e fabricar insumos de medicamentos que não poderiam ser importados, incluindo aqueles para tratamento de câncer.
“Desde o início da crise na Síria”, comentou Saeed, de pé sobre os escombros, “nosso país ficou sem medicamentos devido às sanções ocidentais. As empresas estrangeiras pararam de exportar medicamentos de alta qualidade para a Síria, especialmente medicamentos contra o câncer. Por isso, temos conduzido pesquisas sobre esses medicamentos por aqui. Já desenvolvemos três medicamentos novos para o tratamento do câncer”.