Bolsonaro decidiu voltar às ruas de Roma no sábado (30) e novamente foi agraciado com vaias e chamado de “genocida”.
Na sexta, seu primeiro dia de viagem ao país para participar do G20, ele deixou a embaixada do Brasil na Itália pela porta dos fundos para evitar jornalistas.
Com a agenda vazia, por falta de encontros com outros chefes de Estado, decidiu aproveitar o sábado para conhecer a cidade e, mais uma vez, saiu pela porta dos fundos da representação diplomática.
Caminhou pelas ruas de Roma, mas começou a ser alvo de críticas. “Genocida”, gritaram brasileiros. Um grupo entoava um “Fora Bolsonaro” à sua passagem. Diante da reação das pessoas, apertou o passo e voltou para a embaixada no centro da capital italiana. No meio da multidão alguém grita “fascista”.
Ele apertou o passo para fugir das vaias e críticas.
Para tentar contrabalançar, um membro do seu séquito ficou gritando desesperadamente “Bolsonaro”, “Bolsonaro”. “É o melhor, é o melhor, é o melhor”. “É o melhor presidente do mundo”. Outro gritava “mito”, “mito”.
Segundo a coluna de Jamil Chade, no portal UOL, Paulo Guedes foi outro que ouviu críticas ao deixar a embaixada horas antes. “Ministro que tem offshore”, gritou uma pessoa.
Augusto Heleno, um dos ministros que acompanha Bolsonaro, revelou ainda que a delegação passou pelo Vaticano. Mas apenas conheceu a Santa Sé por fora.
Ao contrário de outros líderes mundiais, Bolsonaro não foi recebido pelo Papa Francisco, mesmo sendo o país com o maior número de católicos do mundo.
Heleno explicou que a visita ao Vaticano ficou longe de ser um momento de um chefe de Estado. “Não pode entrar. Só demos uma volta”, afirmou.