“Em plena pandemia”
O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), afirmou que a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por Bolsonaro “não passa de um acerto de contas por parte de um chefe que, no auge de sua mediocridade, não tolera um auxiliar se destacando mais do que ele”.
“Um comportamento irresponsável de quem está mais preocupado com sua reeleição do que em salvar vidas”, completou.
“Bolsonaro se guia pelo achismo e pela ambição cega de ser reeleito. Por isso, não suporta quem brilhe mais que ele. É o que deixa claro ao demitir Mandetta em plena pandemia, jogando com a vida das pessoas! O Ministério da Saúde precisa ser TÉCNICO e usar a CIÊNCIA! #FiqueEmCasa”, disse Molon.
Outros parlamentares comentaram a demissão do ministro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), homenageou o trabalho de Mandetta e afirmou que ele deixa um legado. “Mandetta deixa um legado, uma estrutura para que o governo federal, estados e municípios possam atender da melhor forma possível a sociedade, em especial daqueles que precisam do sistema SUS”, disse Maia.
O líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), declarou que o agora ex-ministro da Saúde proclamou a defesa da ciência enquanto esteve à frente do ministério.
“Espero que não se demita a ciência, o critério objetivo para se enfrentar a pandemia. Que isso possa ser mantido”, afirmou Jardim. Ele também defendeu que os critérios para definição de medicamentos de combate à Covid-19 sejam feitos com base em estudos e não em suposições.
A relatora da Comissão Externa do Coronavírus, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), espera que o novo ministro da Saúde dê continuidade às ações até agora postas em prática pela pasta no enfrentamento do coronavírus. “Deve respeitar o trabalho do SUS no enfrentamento dessa pandemia e manter as recomendações da Organização Mundial de Saúde, já adotadas por todos os países”, disse.
Com informações da Agência Câmara de Notícias