A economia brasileira continua no fundo do poço e, segundo o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas, vai fechar o ano de 2017 em torno de ZERO. Ainda assim, o monitor estima que será de 1,0%, puxado pela agricultura (12,8%), com a produção do setor voltado basicamente para as exportações, setores primários como soja, milho, entre outros grãos, beneficiados pela super safra do ano passado.
Já a indústria terá uma variação positiva de 0,1% nas suas atividades em relação a 2016. Uma miséria, e ainda com a extração mineral, mais um produto primário, com 4,5% de crescimento, respondendo por esse aumento. A construção civil amargou 5% de queda e os demais ramos industriais ficaram estagnados.
O setor de serviços, incluindo o comércio, teve uma variação de apenas +0,3% e o comércio de +1,8%. O consumo das famílias teve uma variação de +1,1% sobre 2016. Tudo na linha d´água.
Ainda que o Monitor do PIB tente retratar uma “economia em franca recuperação”, fazendo coro com Temer e Meirelles, os resultados são “muito piores quando comparado com a série histórica iniciada em 2001”, segundo o próprio Monitor.
“A produtividade da economia, que alcançou o pico em 2013, tem se reduzido desde então e em 2017 é inferior à de 2010. Chama a atenção o desastre da indústria de transformação cuja produtividade é a menor da série do Monitor do PIB-FGV iniciada em 2001”.
“A Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) teve em 2017 um valor inferior ao de 2008, enquanto que o valor do Consumo das Famílias para este mesmo ano é inferior ao de 2012. De acordo com o Monitor do PIB-FGV, a taxa de investimento da economia brasileira foi de 15,7% em 2017, a menor da série histórica iniciada em 2001”.