O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve as prisões dos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, presos por tentativa de golpe de Estado.
O ministro atendeu às manifestações do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se posicionou contra os pedidos das defesas de Braga Netto e Mário Fernandes pela soltura de ambos. A informação é do site UOL.
A decisão de Moraes sobre Mário Fernandes é desta quinta-feira (26). Já a de Braga Netto foi do dia 24 de dezembro e está sob sigilo.
O ministro avaliou que a defesa do general da reserva Mário Fernandes não trouxe elementos para revogar a prisão. Ele levou em conta também que, segundo parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), o general da reserva ainda mantém ascendência sobre demais investigados devido ao seu cargo.
Braga Netto foi preso por tentativa de atrapalhar as investigações sobre a trama golpista para manter Bolsonaro no governo após ser derrotado pelo presidente Lula.
Mário Fernandes é apontado pela Polícia Federal (PF) como o executor do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi na casa de Braga Netto que o plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes foi aprovado e arquitetado.
Mário Fernandes foi quem elaborou o plano denominado “Punhal Verde Amarelo” que, segundo a investigação da PF, previa o uso de veneno e explosivos com o objetivo de assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ele era integrante das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, assim apelidados por usarem um gorro preto.
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