A operação da Polícia Federal contra os organizadores dos atos terroristas em estradas envolveu o bloqueio de contas bancárias de financiadores e de 168 perfis nas redes sociais que defenderam um golpe de estado para impedir a posse de Lula.
O bloqueio das contas, argumentou Moraes, é “necessário, adequado e urgente, diante da possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos”.
Ao todo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou 103 medidas, envolvendo buscas e apreensões, ordens de prisão, quebras de sigilo bancário, apreensão de passaportes, suspensão registro CAC, bloqueio de contas bancárias e de perfis nas redes sociais.
Os alvos, segundo o próprio STF, são “indivíduos suspeitos de organizar e financiar atos pela abolição do Estado Democrático de Direito e outros crimes”.
“Os grupos propagaram o descumprimento e o desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para Presidente e Vice-Presidente da República, proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30 de outubro último, além de atuar pelo rompimento do Estado Democrático de Direito e instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura”, informou a Corte.
As operações foram deflagradas na quinta-feira (15) em oito Estados e no Distrito Federal, três dias depois que bolsonaristas fizeram ataques em Brasília por ocasião da diplomação de Lula enquanto presidente eleito.
Os nomes das pessoas que foram presas e das que tiveram suas contas bloqueadas não foram divulgadas.
Em novembro, o STF já tinha bloqueado as contas de 43 pessoas e empresas que estavam financiando as manifestações golpistas.
Nas operações de busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu 29 armas e 7 mil munições.