
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as investigações sobre as milícias digitais e os ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas devem ser feitas em conjunto.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que os inquéritos sejam analisados juntos antes que uma denúncia contra os investigados seja apresentada.
Os elementos de prova obtidos no inquérito sobre os ataques e fake news divulgadas por Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas “devem ser analisados em conjunto com a investigação principal conduzida no Inq 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado Democrático de Direito”, decidiu Moraes.
Em fevereiro, o STF já havia compartilhado as provas entre as duas investigações e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compartilhou os dados. Moraes explicou o compartilhamento pela “identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi”.
O ministro Alexandre de Moraes, ainda na terça-feira (10), rejeitou um recurso da deputada Bia Kicis (PL-DF) contra o inquérito das milícias digitais antidemocráticas.
Jair Bolsonaro passou a ser investigado quando, em julho de 2021, falou em uma transmissão ao vivo que tinha provas definitivas de que as urnas eletrônicas eram violáveis e que as eleições tinham sido fraudadas.
Depois de confrontado, mudou o discurso e disse que não tem provas. Em live, apresentou apenas fake news e vídeos que já tinham sido desmentidos pelo TSE.