O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-senador e líder do PT Delcídio Amaral e mais 10 corruptos que receberam um total de US$ 17 milhões (17 milhões de dólares) de propina da Astra Oil, para fazer com que a Petrobrás adquirisse 50% da Refinaria de Pasadena.
Todos os réus confessaram os seus crimes, com exceção de Alberto Feilhaber, um ex-funcionário da Petrobrás que se tornou vice-presidente nos EUA da Astra Oil, trading pertencente ao especulador belga Albert Frère. O dinheiro da propina foi, em parte, localizado.
Alberto Feilhaber, o fornecedor de propina da Astra, mora nos EUA.
A denúncia aceita pelo juiz Moro não inclui Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, ex-diretores da Petrobrás que também receberam propina da Astra, nem o operador Fernando Soares – o “Fernando Baiano” -, que foi o intermediário na propina, ficando com uma parte dela, porque os três já foram condenados por essa propina, em outro processo.
No dia 30 de junho de 2005, Feilhaber, através de “Fernando Baiano”, ofereceu US$ 15 milhões (quinze milhões de dólares) a Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e outros funcionários da Petrobrás, para que a empresa adquirisse metade da refinaria de Pasadena, comprada pela Astra em janeiro daquele mesmo ano. Ao final, a propina chegou a US$ 17 milhões (dezessete milhões de dólares).
Foram denunciados o ex-líder do PT, Delcídio do Amaral; Alberto Feilhaber; os ex-funcionários da Petrobrás Agosthilde Mônaco de Carvalho, Luís Carlos Moreira, Rafael Mauro Comino, Aurélio Oliveira Telles e Carlos Roberto Martins Barbosa; o funcionário terceirizado Cezar de Souza Tavares; além dos operadores Jorge Davies, Rafael Davies e o notório Gregório Marin Preciado, casado com uma prima do senador José Serra e conhecido lobista de empresas com sede na Espanha, desde a época da privatização tucana.