Ex-líder do PT na Câmara de Deputados durante os governos Lula e Dilma, Cândido Vaccarezza terá três dias para pagar a fiança de R$ 1,5 milhão (quinta-feira, 13), conforme determinou o juiz Sérgio Moro.
Vaccarezza foi preso temporariamente em agosto de 2017 na 44ª fase da Operação Lava Jato, batizada como “Operação Abate”.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-deputado por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que facilitou a contratação da empresa Sargeant Marine, fornecedora de asfalto, junto à Petrobrás.
A denúncia referente à lavagem de dinheiro foi aceita no fim do mês passado por Moro. Segundo a decisão do juiz, “Vaccarezza, na época deputado federal, teria recebido uma parte da propina, cerca de 518.500,00 dólares, com o auxílio de Paulo Sergio Vaz de Arruda, que teria recebido os valores no exterior e entregue a contrapartida em reais no Brasil. Parte dos valores, cento e vinte mil reais em espécie, foi apreendida na residência de Cândido Vaccarezza”.
Em 2017, Cândido ficou preso durante quatro dias, mas foi solto após alegar problemas de saúde. Para permanecer em liberdade, deveria pagar uma fiança de R$ 1,5 milhão, segundo determinação de Sérgio Moro. Porém, este valor não foi pago até agora.
Há uma semana, o MPF pediu a Moro que fechasse o cerco em torno de Cândido Vaccareza.
O ex-deputado ofereceu como pagamento da fiança duas fazendas de sua mãe, no valor total de R$ 1,8 milhão.
Apesar de réu, Vaccarezza se filiou ao Avante para disputar as eleições como candidato a deputado federal nas eleições de outubro.