O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse que só aceitou ser padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) por “constrangimento”.
Em fevereiro, Zambelli teve o ex-ministro Moro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, como padrinhos.
Segundo Moro, “pouco conheço a Zambelli, na verdade a questão é que foi aquele tipo de convite que você fica constrangido, ‘ah, vamos lá prestigiar’. Mas eu nunca tive um relacionamento próximo, pessoal com a deputada”.
Em seu Twitter, Carla Zambelli respondeu furiosa e atacou Moro chamando-o de “mentiroso” e “cínico”.
Em um vídeo, compara o curto discurso feito por Moro com a fala dele agora.
“Te ouvindo e vendo depois este vádeo dá pra notar o constrangimento, mesmo! Há os mentirosos e há os cínicos. Em qual das opções Sérgio Moro se encaixa? Da nossa parte era verdadeiro, Prezado. O duro agora são os álbuns, que não se editam. Mas sempre fica o aprendizado”.
Quando deixou o governo Bolsonaro, Moro mostrou prints da conversa com a deputada Zambelli. Os prints das conversas de WhatsApp entre ela e Moro mostravam-na tentando assediá-lo para permanecer no governo, atuando como intermediária, dizendo-se que poderia garantir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) para o ex-ministro.
Para isso, deveria aceitar a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal para proteger seus filhos e aliados. “Por favor, ministro, aceite o [Alexandre] Ramage (sic)” como diretor-geral da PF, “é (sic) vá em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar a fazer o JB [Jair Bolsonaro] prometer”, disse Zambelli para Moro.
Moro respondeu: “Prezada, não estou à venda”.