
Além da mesquita a turba atacou prédio da agência UNRWA da ONU que atende palestinos
Aos gritos de “Morte aos Árabes”, o bando de colonos judeus israelenses, que passou a segunda-feira (26) fazendo baderna pelas ruas, invadiu a mesquita de Al-Aqsa, a mais sagrada de Jerusalém e uma instalação das Nações Unidas para refugiados palestinos.
“Que sua aldeia queime”, também esbravejavam os colonos e fascistas em marcha exaltando o genocídio perpetrado por Netanyahu e seu governo de extermínio e crimes de guerra. Eles diziam celebrar o “Dia de Jerusalém”, que marca a ocupação de Israel sobre a parte oriental da cidade depois da guerra de 1967.
Nesse dia, colonos israelenses marcham pelos becos e ruas da parte oriental árabe de Jerusalém, até o quarteirão onde muçulmanos vivem e fazem comércio, onde passaram a assediar e agredir palestinos que trabalham na cidade e aqueles que vão fazer compras.
Gangues formadas por estes colonos fazem o trabalho sujo de usurpar terras palestinas na Cisjordânia, em crime que viola leis internacionais, as quais proíbem usurpação de território ocupado após conflito.
Carregando bandeiras de Israel e dançando músicas hebraicas de guerra, aterrorizam a população palestina, vandalizando, cuspindo, e gritando ofensas contra passantes muçulmanos.
Lojas de árabes foram vandalizadas com adesivos com escritas “Gaza é nossa”, lembrando a prática que os nazistas faziam contra o comércio de judeus, marcando os lugares com estrelas de Davi, durante o domínio hitlerista na Alemanha.
De acordo com o site de notícias da Al Jazeera, a polícia já tinha sido enviada com antecedência devido à recorrente violência de colonos israelenses contra palestinos. Mesmo com toda a baderna, apenas dois jovens colonos foram presos em flagrante.
Parte do grupo invadiu um edifício da ONU para refugiados palestinos, UNRWA. Entre os invasores estava uma parlamentar israelense, Yulia Malinovsky, incitando a violência da horda com a qual se identifica, para jogar manifestantes israelenses contra palestinos e serviços de apoio a refugiados.
Malinovsky é uma dos parlamentares responsáveis pela lei que baniu a UNRWA de operar em Gaza e em Israel. A UNRWA trabalhava há mais de 70 anos, dando auxílio vital para o povo palestino refugiado desde 1948 em Gaza e que agora está sendo bombardeado, brutalizado e sitiado por Israel, padecendo pela fome imposta com o bloqueio do apoio humanitário.
Outro fanático, que de acordo com a Al-Jazeera compareceu aos ataques contra a mesquita de Al-Aqsa, é o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que junto com outros elementos de sua corrente fascista usaram da baderna nas ruas de Jerusalém para mais uma provocação ao invadirem a mesquita.
Video mostra trechos da provocação fascista: