Um dos filhos de Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), afirmou que a morte de seu pai interessa “aos que estão muito perto”.
“A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário”, escreveu em postagem no Twitter, na semana passada.
Ainda na campanha, em setembro, o capitão reformado foi alvo de um atentado a faca, durante um ato em Juiz de Fora (MG). Inquérito feito pela Polícia Federal concluiu que o autor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho. Agora, a postagem de Carlos Bolsonaro levantou especulações sobre o grau de acirramento das disputas internas por espaços no futuro governo.
A postagem no Twitter ocorreu dia 28 de novembro, após o retorno de Carlos ao Rio, de onde se afastou para acompanhar o pai em Brasília. Dias antes, de forma surpreendente, ele anunciara, também na rede, que estava deixando o grupo de transição e voltando ao Rio de Janeiro para exercer seu mandato. Também afirmou que não tinha mais nenhuma responsabilidade pelas redes sociais de Bolsonaro.
O vereador atuou como responsável pelas redes sociais do pai em sua trajetória no Congresso e chegou a ser cogitado para assumir a Secretaria de Comunicação do futuro governo. Até então, Carlos sempre aparecia ao lado de Bolsonaro nas entrevistas e, quase sempre, era o responsável por encerrá-las, retirando-o de perto dos jornalistas.
Comentando a postagem do filho, o presidente eleito afirmou que muitas pessoas ainda gostariam de vê-lo morto. “Minha morte interessa a muita gente”, disse.