“Na noite de 5 de junho, Kiev cometeu um crime impensável – explodir a barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka”, afirmou Nebenzya. Ele saudou a investigação do incidente na usina e disse que espera que “os mesmos erros não sejam cometidos como no caso do Nord Stream e Bucha”
O representante permanente da Federação Russa na ONU, Vasily Nebenzya, denunciou nesta terça-feira (6) o bombardeio à usina hidrelétrica de Kakhovka como sendo “resultado das atividades criminosas de Kiev”, em reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU.
“Na noite de 5 de junho, o regime de Kiev cometeu um crime impensável – explodir a barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka. Assentamentos estão inundados, milhares de pessoas precisam de evacuação e isso já começou. Danos colossais foram causados à agricultura da região e ao ecossistema da foz do Dnieper”, apontou o embaixador.
O diplomata sugeriu que o ataque foi feito para reagrupar as Forças Armadas da Ucrânia (AFU) e piorar a situação humanitária na região depois do fracasso da contraofensiva ucraniana.
Segundo o ministério da Defesa da Rússia, Kiev perdeu em 24 horas mais de 1.500 militares, 28 tanques e 109 outros veículos blindados na ofensiva fracassada na segunda-feira.
As tropas ucranianas tentaram por vários dias atacar posições russas, afirmou o ministério, acrescentando que tais tentativas não tiveram sucesso.
Nebenzia também observou que o lado russo já está alerta para o início de uma campanha de desinformação sobre o que aconteceu efetivamente na hidrelétrica atacada.
Segundo ele, Moscou atribui total responsabilidade às autoridades ucranianas, bem como a seus patrocinadores e aliados, e pede ao secretário-geral da ONU que condene o rompimento da barragem.
Em conclusão, o Representante Permanente recordou que a Federação Russa já tinha tentado chamar a atenção da comunidade internacional para a ameaça a que a central hidroeléctrica de Kakhovka poderia estar exposta, mas esses alertas não foram ouvidos.
Além disso, Nebenzia destacou que a Rússia saúda a investigação do incidente na usina hidrelétrica e espera que os mesmos erros não sejam cometidos como no caso do Nord Stream e Bucha.