
Dois dias antes da segunda rodada das negociações diretas Rússia-Ucrânia, duas pontes ferroviárias foram explodidas nas províncias russas de Bryansk e Kursk, descarrilando trens civis e de carga e matando pelo menos sete pessoas e ferindo mais de 120
Em reação aos ataques terroristas perpetrados pelo regime de Kiev contra civis na Rússia, as forças russas realizaram um ataque massivo contra alvos militares ucranianos na noite de quinta-feira (5).
A barragem, que incluiu mísseis e drones foi uma resposta aos recentes “atos terroristas” realizados por Kiev, disse o Ministério da Defesa da Rússia na sexta-feira (6).
Explosões iluminaram o céu em Kiev, Odessa, Ternopil, Lutsk e outras áreas nas regiões de Kharkiv, Khmelnytsky, Mykolaev, Zhitomir, Rivne e Dnipropetrovsk. As fábricas ucranianas de mísseis e drones foram bombardeadas à noite para evitar vítimas entre trabalhadores e engenheiros.
Em Odessa, ataque de precisão com mísseis destruiu navios e cargas na área portuária, destroçando armas e suprimentos enviados pelos patronos da guerra para a expansão da Otan.
No sábado, dois dias antes da segunda rodada das negociações diretas Rússia-Ucrânia, duas pontes ferroviárias foram explodidas nas províncias russas de Bryansk e Kursk, descarrilando trens civis e de carga e matando pelo menos sete pessoas e ferindo mais de 120.
Na segunda-feira (2), o regime de Kiev atacou prédios civis em Kursk, incluindo uma escola e uma casa de cultura.
Além disso, a ponte da Crimeia, que liga a península ao resto da Rússia, foi alvo de ataque com drone. Na quinta-feira (5), mísseis HIMARS do exército ucraniano atingiram prédios residenciais na província de Kursk, matando uma mulher de 32 anos. No mesmo dia, trilhos de trem na província russa de Voronezh foram danificados por uma explosão.
Segundo o chefe do Comitê de Investigação da Rússia, Aleksandr Bastrykin, foram encontradas evidências das explosões nas pontes em Bryansk, Kursk e Crimeia que indicam “diretamente que todos os três ataques terroristas foram, sem dúvida, organizados pelos serviços secretos ucranianos”.
PUTIN DENUNCIA TERRORISMO DE KIEV
Na quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin questionou o sentido de se negociar com quem patrocina o terror. Para Putin, todos os ataques realizados pela Ucrânia contra civis provam mais uma vez que o regime de Kiev, liderado por Vladimir Zelensky “está gradualmente se degenerando em uma organização terrorista”, enquanto seus patrocinadores estão se tornando “cúmplices de terroristas”.
“Hoje, em meio a pesadas perdas e recuos ao longo de toda a linha de contato, a liderança de Kiev passou a organizar atos terroristas na tentativa de intimidar a Rússia”, disse Putin.
Apesar disso, acrescentou, as autoridades ucranianas estão solicitando uma pausa nos combates e propondo reuniões do mais alto nível. “Mas como tais reuniões podem ser realizadas nessas condições?”, questionou Putin. “O que há para discutir? Quem conduz negociações com aqueles que dependem do terror – com terroristas?”
O líder russo enfatizou que “o poder, para o regime [de Kiev], é aparentemente mais importante do que a paz, mais importante do que vidas humanas”.
PROVOCAÇÃO COM ATAQUE A BASES RUSSAS
No domingo, em uma escalada das provocações do regime de Kiev e de seus patronos, cinco bases da aviação estratégica de dissuasão nuclear russa foram atacadas usando drones FPV, disparados desde caminhões deslocados previamente até às imediações dos aeródromos, inclusive no extremo-leste e no Ártico, e em violação ao Tratado Start de prevenção de guerra nuclear, que obriga a que os bombardeiros estratégicos fiquem expostos para que possam ser vistos por satélite.
Os ataques com drones FPV atingiram Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur, mas só conseguiram ser efetivos em duas bases.
Kiev chegou a se gabar de ter destruído “um terço” da aviação estratégica russa, o que foi desmentido pelos vídeos disponíveis. Na pior hipótese, os atingidos seriam cinco ou seis, de 58 bombardeiros H-95 “Urso” e, mesmo estes poderiam ser reparados segundo Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores.
No sábado, o secretário de Estado Marco Rubio telefonou para Sergei Lavrov expressando as condolências de Washington para com as vítimas dos ataques terroristas.
No domingo, foi o próprio Trump que ligou para o presidente Putin, de quem ouviu, segundo o que postou em sua rede Truth Social, que a Rússia seria forçada a responder ao ataque. Posteriormente, Trump comentou que a resposta da Rússia “não seria bonita”.
Evidentemente, o ataque russo dessa noite de quinta-feira não é ainda tal resposta à violação do START, com os mais altos escalões do governo russo buscando esclarecer quem deu o sinal verde para tal ataque, embora jornalistas russas assinalem dedo da CIA e MI6, ou facções párias deles.
Sobre essa provocação, que parece saída da mente de alguma reencarnação atual do Dr. Strangelove e uma caricatura de operação de decapitação nuclear, a Rússia ainda não se manifestou oficialmente.
A provocação ocorre a vinte dias da cúpula da Otan em Haia, e com frenéticas manobras dos chamados “líderes europeus”, gente como Sir Starmer, Monsieur Macron e Herr Merz, que clamam dia e noite pela continuação da guerra da Otan na Ucrânia e, em cinco anos, uma guerra europeia contra a Rússia. Enquanto chantageiam a população e causam pânico sobre a suposta “ameaça russa”, pretexto usado para tirar dinheiro dos programas e direitos sociais e desviar para o rearmamento europeu.