
Os motoristas e cobradores de São Paulo podem cruzar os braços na próxima terça-feira (14). A categoria rejeitou a proposta do setor patronal em assembleia na sexta-feira, e a greve foi aprovada por unanimidade, caso a reunião conciliatória entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) e o setor patronal, agendada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para segunda-feira (13), não atenda às expectativas dos trabalhadores.
A categoria quer reajuste salarial de 12,47%, mais aumento real, fim da hora de almoço não remunerada e participação nos lucros (PLR). Os trabalhadores também reivindicam fim do desconto no vale refeição quando os trabalhadores entregam atestado médico, melhorias no plano de saúde, fim das nomenclaturas no setor de manutenção, garantia da database, reajustes no vale refeição e garantia de todos os outros pontos da Convenção Coletiva.
“Estamos indignados com a intransigência dos patrões que insistem em ignorar as reivindicações dos trabalhadores, que nada mais são do que um reajuste equivalente à inflação. Os preços estão nas alturas, com a alta da gasolina, mercado, gás, luz, aluguel e eles querem tapar o sol com a peneira?”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz (Sorriso).
“Se nessa reunião de segunda-feira, o setor patronal e o Poder Público não reverem esse posicionamento, São Paulo vai parar. Os trabalhadores estão exaustos, inconformados e prontos para a greve”, disse.
Segundo Sorriso, o sindicato está há meses tentando diálogo com os patrões e o poder público, mas a postura deles tem sido “lamentável e desrespeitosa”.
“Estamos tentando o diálogo, agindo na boa fé e tentando de todas as formas mostrar a necessidade de um reajuste salarial que atenda aos anseios e necessidades dos trabalhadores”, disse.