O desmatamento na Amazônia Legal aumentou pelo terceiro mês consecutivo em maio, e uma nova operação militar, liderada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deve ter início nos próximos dias para combater o desmatamento na região.
Em abril, diante de diversos líderes mundiais, em evento nos EUA, Jair Bolsonaro havia prometido fortalecer o financiamento da vigilância ambiental no Brasil. No entanto, dados recentes sobre o desmatamento na Amazônia Legal apontam para um novo recorde de destruição da floresta neste ano.
Além do desmatamento correndo solto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que também estava junto com Bolsonaro na Cúpula do Clima, é alvo de um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Inquérito apura se Salles agiu para facilitar à exportação ilegal de madeira da Amazonia para os Estados Unidos e Europa.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 28 dias de maio, a região atingiu a marca de 1.180 km² de desmate, avanço de 41% em relação ao mesmo mês de 2020. Desde o início da série histórica em 2016, com a operação do satélite Deter-B, é a primeira vez que o número ultrapassa 1 mil km² para esse mês.
De acordo com o Inpe, no acumulado desde agosto, o desmatamento na Amazônia Legal havia caído ligeiramente a diferença entre a área recorde de alertas do ano passado e a deste ano: em janeiro o desmatamento em 2021 era 21% menor que em 2020. Agora a diferença é de 8%, e ainda pode cair mais.
Em fevereiro deste ano, o vice-presidente da República, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, havia anunciado o fim da Operação Verde Brasil 2, a qual encerrou em 30 de abril. Na época, Mourão havia sinalizado que, se fosse necessário, os militares seriam novamente acionados.
Um efetivo militar ainda está sendo calculado para a nova operação, no entanto, para retomarem ao combate do desmatamento na região amazônica, as Forças Armadas dependem agora da publicação de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para formalizar a operação, além de acordo com os Estados que serão alvo da medida, como Amazonas e Pará.