O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (25), que a posição do governo “é uma só”: o isolamento e o distanciamento social.
A declaração do vice-presidente desautoriza completamente a fala de Jair Bolsonaro, que, na noite de terça-feira (24), defendeu, contra a orientação da OMS e do Ministério da Saúde, o fim do isolamento social.
Para Mourão, “pode ser” que Bolsonaro “tenha se expressado de uma forma que não foi a melhor”. O vice-presidente deu a declaração ao conceder uma entrevista por videoconferência sobre ações do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Em seu pronunciamento, Jair Bolsonaro defendeu a “volta à normalidade” em meio à pandemia do coronavírus, o fim do “confinamento em massa” e afirmou que os meios de comunicação espalharam “pavor”.
Segundo Mourão, o ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, comandará nesta quinta-feira (26) uma reunião cujo objetivo será definir um “planejamento comum” diante das diferentes legislações dos estados sobre isolamento.
“Amanhã de manhã, o ministro Braga Netto […] estará realizando uma reunião com os representantes dos ministérios e também ouvindo os governadores dos estados para que se defina um planejamento comum, restrições comuns, de modo que seja assegurado em todo o Brasil o fluxo logístico”, explicou.
Sobre o atrito entre governadores e Bolsonaro, Mourão, que demonstrou incômodo com os ataques de Bolsonaro a João Doria, desconversou dizendo que “isso faz parte da política”. Segundo ele, existe um ambiente de “cooperação” entre os governos federal e estaduais e que esta reunião da Casa Civil vai alinhar os decretos dos governadores.
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Morão e Mandeta querem defender o indefensável Bolsonaro que foi claro em dizer, que não é a favor do isolamento da população ou seja é a favor de que a população seja infectada, pronunciamento que ficará conhecido como discurso da morte.