O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que pretende aumentar a fiscalização do meio ambiente para deter o desmatamento na Amazônia.
“Vamos recuperar a estrutura de fiscalização na área ambiental, hoje ela não tem pernas para combater ações ilegais de desmatamento”, disse o vice-presidente.
Mourão é o responsável pelo comando do Conselho da Amazônia.
A declaração de Mourão foi em resposta a uma carta de executivos de 38 grandes empresas brasileiras e estrangeiras pedindo medidas para combater o desmatamento no país.
O documento foi revelado pelo jornal “Valor Econômico”, na terça-feira (7).
“Vou recebê-los nos próximos dias, já tenho conversado com eles, vamos discutir as medidas necessárias para melhorar nossa política ambiental”, disse Hamilton Mourão ao blog do Valdo Cruz, do G1.
O documento dos empresários é intitulado “Comunicado do Setor Empresarial Brasileiro”, e também é assinado por quatro entidades setoriais do agronegócio, do mercado financeiro e da indústria.
Na carta, os empresários dizem que a “percepção negativa [sobre a política ambiental brasileira] tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país”.
“Na quinta-feira, já vou ter uma reunião por videoconferência com fundos de investimentos estrangeiros para dizer o que estamos fazendo e o que vamos fazer”, acrescentou Mourão.
Com Bolsonaro, o desmatamento e as queimadas na Amazônia bateram recordes. O Ministério do Meio Ambiente, cujo titular é Ricardo Salles, agiu para desmontar e enfraquecer, neste um ano e meio de governo bolsonarista, as estruturas de fiscalização na região.
O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) foi esvaziado. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e outros órgãos de defesa do meio ambiente não ficaram imunes à depredação do governo Bolsonaro.
Agentes dos órgãos de fiscalização do meio ambiente foram demitidos por realizarem operações contra o garimpo ilegal e o desmatamento na Amazônia.
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Morão isto deveria ter sido feito desde o início do governo mais como ele não existe, ficou pra depois o estrago é grandioso e só com a pressão internacional vai tentar deter os absurdos já cometidos, também com um ministro que é favorável ao crime como ficou claro na reunião das trevas do dia 22.04.2020, quando o ministro do crime ambiental Ricardo Sales, sugeriu passar a boiada ou seja cometer crime por baixo do pano pra ninguém não ver, na minha opinião era para responder um processo pois a boiada estourou têm que ser demetido e punido, a lei é pra todos a verdade acima de tudo e a Constituição acima de todos.