As entidades e federações que compõem o movimento Brasil Metalúrgico voltaram a se reunir nesta quarta-feira, 04, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, após a Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria, realizada na semana passada.
Em meio à negociações coletivas importantes, os dirigentes da categoria foram enfáticos na bandeira do movimento: “Queremos renovar todas as cláusulas da Convenção Coletiva”. “Nenhum direito a menos”, reforça o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres. Além da pressão nas fábricas para impedir retrocessos, os metalúrgicos organizam um novo dia de paralisações e greves para o próximo dia 10 de novembro.
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos, aponta “que os atuais legisladores, a serviço do grande capital, aprovaram uma lei draconiana, que agride os trabalhadores, afeta as entidades sindicais e enfraquece a Justiça do Trabalho. A lógica é precarizar o trabalho, estabelecendo a força nas relações entre quem vende e quem compra mão de obra”. “A qualidade das relações capital-trabalho indica o grau de desenvolvimento de um País. Nós, capital e trabalho, não temos o direito de piorar as coisas. Ao contrário. Nosso papel é fazer a Pátria caminhar para a frente”, completa o dirigente.
NENHUM DIREITO A MENOS
Os metalúrgicos estão em campanha nacional unificada para que os direitos garantidos nas Convenções Coletivas não seja revogados – sob pretexto da nova lei trabalhista de Temer. O comando de negociação da Campanha em São Paulo fez nesta terça-feira, 03, a primeira reunião de negociação com o grupo patronal 3 (autopeças) e é justamente isso que as empresas querem; derrubar acordos antigos.
Entre as propostas defendidas pela empresa, estavam a revisão das cláusulas sindicais e sociais, manutenção dos pisos salariais sem reajuste e criação de um teto de reajuste para pequenas e médias empresas.
Na ocasião, Miguel Torres esclareceu que “vamos resistir e lutar para incluir na Convenção os direitos que foram tirados pela nova legislação trabalhista”.