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Panfleto de Ricardo Salles onde ele defende balas contra a esquerda e o MST. Foto: Reprodução
O ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Salles, praticou abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social durante campanha eleitoral, denuncia o Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo, que pede sua inelegibilidade pelos próximos oito anos.
Ricardo foi candidato pelo partido Novo a deputado federal por São Paulo nas eleições de outubro. Porém, antes que pudesse acontecer o período legal das propagandas eleitorais, Ricardo comprou por R$ 260 mil anúncios no jornal “O Estado de S. Paulo” em nome do Movimento Endireita Brasil, que ele preside.
Os anúncios tinham como finalidade promover ilegalmente a candidatura de Ricardo, apesar de se disfarçar como “propaganda institucional da pessoa jurídica ‘Movimento Endireita Brasil’”. Isso porque apresentavam em primeiro plano fotografias, assinatura e nome de Ricardo Salles. Além disso, os anúncios continham o mesmo número de telefone que foi utilizado durante a campanha.
Os anúncios feitos também antecipavam o programa político que foi utilizado durante a campanha. Entre os temas estavam a privatização de todas as estatais, o suposto “combate à velha política” e a sugestão de assassinato da esquerda e de militantes do MST (veja o cartaz).
Tendo recebido 36 mil votos, Ricardo é primeiro suplente do Novo à Câmara dos Deputados.