O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça que Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB e amigo pessoal de Bolsonaro, seja levado a júri popular por quatro tentativas de homicídios contra agentes da Polícia Federal.
Jefferson foi denunciado por quatro tentativas de homicídio com dolo, resistência armada, posse irregular de armas de fogo de uso permitido e restrito, posse de artefatos explosivos sem autorização e adulterados e dano qualificado.
Em outubro de 2022, ele atirou 60 vezes e jogou três granadas, com parafusos instalados, contra quatro agentes da PF que foram prendê-lo por ter descumprido as medidas restritivas impostas pela Justiça. Dois agentes ficaram feridos.
“A letalidade (granadas adulteradas e carabina), a desproporcionalidade do armamento bélico utilizado pelo acusado (os policiais portavam pistolas e estavam sem coletes), a quantidade de munições e de tiros desferidos (sessenta), o conhecimento e a expertise do acusado com a utilização desse tipo de armamento, demonstram que o acusado assumiu o risco de produção do resultado morte dos policiais federais”, afirmou o MPF em documento.
As alegações finais do MPF já foram apresentadas, enquanto a defesa de Jefferson ainda não entregou as suas à Justiça.
Jefferson cumpria prisão domiciliar por ter ameaçado ministros do STF.
Durante as eleições de 2022, o bolsonarista gravou e divulgou diversos vídeos defendendo um ataque contra ministros, em especial Alexandre de Moraes.
Novamente conduzido à prisão, Jefferson esteve em Bangu 8. Depois, por problemas de saúde, passou a ficar internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.