O procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, que o será o representante da Lava Jato no julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, vai defender o aumento da pena de prisão do petista e argumentar que ele cometeu três crimes em vez de um, como sentenciou o juiz Sérgio Moro, em Curitiba.
Gerum vai enfatizar, em sua sustentação oral, que há provas de crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo qual o ex-presidente foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão.
Ele pretende argumentar que Lula cometeu três práticas delituosas, uma vez que a Petrobrás fechou três contratos com a OAS, responsável por oferecer bancar reformas no apartamento como pagamento de propina. “A cada contrato fechado entre as empreiteiras consorciadas e a Petrobrás, que no caso da OAS foram três, o oferecimento e a promessa de vantagem se renovam, constituindo crime autônomo”, afirmou, segundo matéria do jornal “O Estado de S. Paulo”.