Centenas de pessoas se reuniram no bairro novaiorquino do Brooklyn, encarando a neve na tarde do último dia do ano para expressarem solidariedade com os integrantes da comunidade judaica, três dias após o ataque com faca que atingiu cinco pessoas durante a celebração da festa judaica de Hanukah, na casa do rabino Rottenberg.
“Se isto não está acontecendo com você neste momento, não quer dizer que não aconteça ao final desta rua. Por isso devemos nos levantar por todos”, afirmou o palestino-americano Murad Awawdeh, nascido e morador do Brooklin e um dos organizadores do ato.
Os participantes se reuniram ao lado de uma grande Menorah (candelabro com o qual os judeus celebram Hanukah, a Festa das Luzes), posicionada no centro de uma praça do bairro.
“Me levanto com meus vizinhos judeus”, “Brancos, morenos, negros, todos juntos, lutanto” e “Muçulmanos e judeus são aliados”, diziam as dezenas de cartazes levados pelos manifestantes.
O ato que foi denominado “Segurança em Solidariedade”, reuniu líderes das comunidades judaica, cristã, muçulmana e sikh (islâmicos indianos). Representantes do Comissão de Direitos Humanos de Nova Iorque também se fizeram presentes.
“Queremos deixar claro que nos levantamos em solidariedade com a comunidade Judaica e que somos capazes não apenas de dizer que o antissemitismo é errado mas de fazermos algo para mostrar que está errado”, declarou o palestino Awadeh.
“Como muçulmano, palestino-americano, dada a quantidade de ódio doentio que temos sofrido enquanto comunidade, é realmente importante nos levantarmos por outros indivíduos impactados”, disse o palestino. Entre os presentes destacava-se Linda Sarsour, diretora da Associação Árabe-Americana de Nova Iorque, que já foi acusada de ‘antissemita’ por direitistas israelenses devido a seu firme posicionamento em defesa dos palestinos.
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NATHANIEL BRAIA