Milhares de pessoas se concentraram nas proximidades de Jericó, a mais antiga das cidades palestinas e na região do Vale do Rio Jordão, sob ameaça de Netanyahu, que obteve o apoio de Trump, nesta segunda-feira, dia 22, para repudiar a agressão aos direitos palestinos.
Além do primeiro-ministro, Mohammad Shtayyeh, compareceram ao ato, Nickolay Mladenov, enviado da ONU para o Oriente Médio, além de embaixadores da União Europeia, China, Rússia e Jordânia.
Ao se dirigir à multidão, o representante da ONU deixou claro que “o plano de anexação viola a lei internacional e agride o sonho do Estado Palestino” e conclamou a “comunidade internacional a salvar o processo de paz e buscar o início de negociações para o estabelecimento de um Estado da Palestina”.
Também compareceu ao ato a mãe de Eyad Hallaq jovem autista assassinado a queima-roupa com tiros de rifle sem qualquer justificativa. A mãe declarou que estava ali representando todas as mães de palestinos mortos e pediu a todos o apoio a “uma ampla frente contra a anexação”.
Ativistas denunciaram que o ato teria maiores dimensões ainda não fossem as barreiras colocadas por forças de ocupação israelenses para barrar ônibus que se dirigiam a Jericó. A justificativa israelense para mais essa hostilidade foi a de “uma continua avaliação da situação”.
O ato foi convocado no domingo, 21, pelo membro do Comitê Central do Fatah (partido fundado por Yasser Arafat), Jibril Rajoub, em coletiva à imprensa.
Rajoub alertou aos israelenses para as graves consequências do crime que Netanyahu planeja cometer: “Há um consenso palestino sobre a luta popular em seu estágio atual. Mas estamos preparados para avançarmos para outros estágios se houver apoio popular para isso. Caso haja anexação, não vamos sofrer sozinhos, não vamos morrer sozinhos”.
Rajoub assegurou que o Fatah assumirá o comando da resistência à anexação pelos “instrumentos que forem necessários”.
“Caso passemos a um outro estágio, o estaremos encabeçando”, destacou.