Mais de 200 mil pessoas, reunidas em marcha na cidade de Santa Cruz, na terça-feira (21), proclamaram o presidente Evo Morales como candidato dos movimentos sociais para as eleições presidenciais de 2019. “As organizações sociais se reuniram para defender o candidato e irmão Evo Morales para seguir no comandando o país”, afirmou María Muñoz, diretora da Federação de Mulheres Campesinas, Bartolina Sisa.
“Irmãs e irmãos, conhecemos o trabalho que nosso presidente fez, e os que não tiveram a capacidade de levar o país adiante querem nos desgastar com mentiras”, completou Muñoz, em seu discurso aos pés do monumento em homenagem ao Cacique Chiriguano, ao ressaltar as políticas do governo Evo desde 2006, que ao nacionalizar os recursos naturais do país e adotar políticas de crescimento econômico e social, fez da Bolívia o país que mais cresce na América Latina (cerca de 4,5% ao ano).
Os atos em defesa da candidatura de Evo Morales tomaram o país. Na manifestação de La Paz, Sandro Ramírez, presidente da Federação dos Conselhos de Vizinhança de El Alto, afirmou que “a finalidade da direita é impedir que Morales concorra como candidato em 2019”.
Na quarta-feira, o presidente Evo Morales saudou as manifestações e conclamou os militantes do seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS), as organizações sociais e a população para “fortalecer a unidade popular” e “vitalizar” o processo de mudanças vivido no país. “Graças à unidade do povo boliviano, em pouco tempo mudamos a situação social, econômica, democrática e cultural da Bolívia”.
“Na noite passada, vimos, na televisão, cerca de 200 mil irmãs e irmãos reunidos em Santa Cruz. Hoje, em La Paz, fomos informados dessas manifestações .
Muito obrigado por esse grande apoio para continuar nossa revolução, para apoiar e rejeitar qualquer mentira”.
Sobre a ofensiva neoliberal contra seu governo, Evo destacou que os inimigos do povo “tentarão dividir-nos como sempre. Por que nos dividir? Para nos dominar politicamente, nos roubar economicamente, saquear nossos recursos naturais”. Sobre as eleições, ele ponderou: “Eu quero dizer às novas gerações que a nossa revolução democrática-cultural precisa de novos líderes, homens e mulheres comprometidos com o povo. Com esforço e sacrifício é possível atender as demandas para mudar a Bolívia. Irmãs e irmãos, com a unidade do povo, nada é impossível na vida”, concluiu o líder boliviano.