
Para este sábado, além das centenas de milhares de fiéis, chefes de Estado de todo o mundo acompanharão o funeral do argentino que reafirmou durante os seus 12 anos como Papa o compromisso da Igreja com os trabalhadores, os mais necessitados e injustiçados, em especial os palestinos e na defesa da paz mundial
Durante três dias, centenas de milhares de fiéis do mundo todo se despediram do Papa Francisco na Basílica de São Pedro. Após às 14 horas desta sexta-feira (19 horas de Roma), a basílica fechou definitivamente suas entradas, e não houve mais fila para a capela funerária.
A partir das 5 horas deste sábado (26), o caixão será transferido para a Basílica de Santa María la Mayor, onde os restos mortais do Sumo Pontífice serão sepultados em uma cerimônia privada e singela, de acordo com os desejos expressos no testamento de Francisco.
O cortejo fúnebre durará cerca de meia hora e fará pequenas paradas nos lugares mais simbólicos ou onde estiver reunido o maior número de fiéis, informou a Sala de Imprensa do Vaticano. A cerimônia será transmitida em telões gigantes.
Seu túmulo reproduzirá o seu pontificado de 12 anos: feito de mármore e com “Francisco” como única inscrição. Completará o conjunto uma reprodução da cruz que usou ao longo de sua vida.
O papa Francisco faleceu aos 88 anos nesta segunda-feira (21), um dia depois da Páscoa. Ele se encontrava na residência Santa Marta após permanecer quase um mês internado no Hospital Gemelli, em Roma.
No comunicado oficial, lido pelo cardeal Kevin Joseph Farrel, a Igreja informou com profundo pesar o falecimento do Papa Francisco às 7h35. “O Bispo de Roma retornou à casa de seu Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja, e ele nos ensinou o valor do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, particularmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, sublinhou Farrel.
Condenando a mortandade praticada pelos israelenses, o Papa Francisco ligou todos os dias nos últimos 18 meses para o pároco da Igreja da Sagrada Família em Gaza, onde se encontram abrigadas quase 600 pessoas, cristãos e muçulmanos que fogem dos selvagens. Com atenção e afeto, manifestava sua solidariedade e buscava saber como estavam sob a guerra devastadora, sempre lhes dando uma palavra de conforto e alento.