Multidões fazem protestos há uma semana na cidade marroquina de Jerada onde morreram dois mineiros no dia 25 de dezembro.
A onda de protestos acontece desde o dia 26. Houve nova manifestação massiva no dia 2 de janeiro.
Os moradores denunciam a demora e falta de equipamento adequado ao resgate depois que trecho de uma mina de carvão colapsou levando dois irmãos de 23 e 30 anos à morte.
As péssimas condições de segurança das minas, que existem na região desde 1920, levaram o governo a encerrar a extração desde 1990.
O fechamento das mineradoras levou a um baque na economia local. Além disso, apesar de oficialmente encerrada, a mineração prossegue de forma ilegal e toneladas de carvão são extraídas nesta atividade clandestina que emprega ainda hoje 3.000 pessoas.
No dia 26 de dezembro os trabalhadores da cidade realizaram uma greve geral em solidariedade aos mineiros e suas famílias e exigindo investimentos para elevar as condições de vida no município e criar alternativa de emprego a seus moradores.
O primeiro-ministro Saad Eddine El Othmani compareceu a uma sessão parlamentar extraordinária e declarou que “foi aberta uma investigação” sobre o caso e que está disposto a encontrar com os deputados eleitos por Jerada para buscar soluções.
Os deputados da região exigem que o governo assuma a responsabilidade e garanta o fim da efetivo da mineração e melhores condições de vida para a população de Jerada.
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