“É preciso aprender com as lições do Vietnã e do Iraque” e “impedir essa guerra antes que ela comece”. afirma Coalizão de forças progressistas que convocou as manifestações. “Ideia de que os EUA podem realizar invasões militares no coração da América Latina sem uma reação em massa é absurda”, denunciam
“Vinte e dois anos depois de os EUA terem entrado em guerra no Iraque com base em mentiras, o governo Trump está preparando uma grande guerra contra a Venezuela. Devemos agir agora para impedir essa guerra antes que ela comece”.
Com esta convocação, a Coalizão Answer (Atue Agora para Parar a Guerra e Acabar com o Racismo), junto a vários partidos e movimentos sociais, levou multidões às ruas em todos os Estados Unidos neste sábado (6) para protestar contra o plano imperialista de agressão à Venezuela.
Incorporando a diversidade de estados como o Alasca, Geórgia, Illinois, Maine, Maryland, Massachussetts, Novo México, Oregon, Texas e Tennessee, os estadunidenses expressaram sua repulsa à política belicista, para a qual já foram mobilizados quinze mil soldados para o entorno da Venezuela, “juntamente com um enorme poderio naval, com um gasto superior a um bilhão de dólares dos contribuintes americanos”.
“BELICISTAS INVENTAM PRETEXTOS”
Ecoando o sentimento pela paz, os ativistas frisaram que “precisamos aprender com as lições do Vietnã e do Iraque”. “Em cada caso, os belicistas inventaram pretextos. Prometeram vitórias rápidas. Estavam enganados. Mas a ideia de que os EUA podem realizar invasões militares no coração da América Latina sem uma reação em massa é absurda”, enfatizaram.

Crédito: ANSWER Coalition
Ao lado da Answer, uma ampla coalizão progressista que envolve organizações como o Fórum Popular, a Aliança Negra pela Paz e o Partido pelo Socialismo e Libertação, entre outros, denunciaram que “Trump prometeu que ataques terrestres começariam ‘muito em breve’, pediu o ‘fechamento’ do seu espaço aéreo e encerrou as negociações com o governo da Venezuela”. “Todos esses são sinais de uma operação de mudança de regime em grande escala, o que seria uma catástrofe para a região”, protestaram.
Embora o isolamento desta orientação criminosa seja evidente, o governo dos EUA dá as costas ao sentimento popular, alertaram. “Estamos em um momento crítico. Membros do Congresso de ambos os partidos estão se manifestando cada vez mais sobre a ilegalidade dessas ataques. Mas a situação exige muito mais urgência – uma vez que a escalada do conflito for iniciada, pode não haver mais volta”.
“VIOLAÇÕES FLAGRANTES DO DIREITO INTERNACIONAL”
Na avaliação dos partidos e movimentos sociais, “os repetidos ataques da administração Trump no Caribe chocaram o mundo como violações flagrantes do direito internacional”. “A ordem do secretário de Crimes de Guerra, Pete Hegseth, para matar todos os sobreviventes dos barcos danificados por ataques de mísseis americanos em alto-mar é um claro crime de guerra. Os ataques com mísseis contra embarcações no Caribe e no Pacífico constituem uma violação evidente do direito internacional, assim como o seriam todos os futuros ataques do Pentágono”, assinalaram.
De acordo com informações da ANSWER, pesquisas apontam que 70% da população dos EUA se opõe à intervenção militar contra a Venezuela. “As pessoas estão percebendo os pretextos bizarros e distorcidos que o governo Trump está usando para falar sobre tráfico de drogas, para o qual ele não apresentou nenhuma prova. Trump está ignorando inconstitucionalmente uma declaração de guerra do Congresso ou mesmo uma autorização para o uso da força, enquanto Pete Hegseth emite ordens terríveis de ‘matem todos’ e justifica ataques ilegais com tiros duplos contra sobreviventes isolados. O mundo inteiro vê tudo isso como flagrantemente ilegal e clama por paz”.











