Criticou os governadores que estão se empenhando para evitar mais mortes. “Até quando nós vamos resistir a isso daí?”, indagou, ao esbravejar contra medida restritiva tomada pelo governador de Brasília, Ibaneis Rocha
No dia em que o país assiste chocado às reportagens de hospitais lotados com pessoas morrendo sem leitos de UTI, ao anúncio do colapso no sistema de Saúde em praticamente todo o Brasil, onde número de mortos por Covid-19 atinge a casa dos dois mil em apenas 24 horas por dias seguidos, Jair Bolsonaro voltou a atacar as medidas de proteção às pessoas tomadas pelos governadores.
Além de esbravejar contra a restrição da circulação, recomendada por todos os especialistas do país e do mundo – pelo menos até que se vacine toda a população – ele mostrou também, nesta quinta-feira (11), a sua ignorância sobre as leis brasileiras e sobre as competências de cada ente da federação na administração pública.
Afirmou que o toque de recolher, com início a partir das 22 horas de segunda-feira (15), decretado pelo governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), para fazer frente à explosão de casos da nova cepa do coronavírus, era um “estado de sítio” e que só ele podia fazer isso.
“Até quando nós vamos resistir a isso daí? Aqui no DF toma-se medida por decreto de estado de sítio. De 22h às 5h da manhã ninguém pode andar. Só eu poderia tomar medida dessa e, assim mesmo, ouvindo o Congresso Nacional. Então, na verdade, medida extrema dessa, só o presidente da República e o Congresso Nacional poderiam tomá-la. E nós vamos deixando isso acontecer”, bradou o capitão cloroquina.
A medida tomada pelo governador de Brasília não tem nada a ver com estado de sítio. Ibaneis baseou sua decisão de decretar o toque de recolher na lei 13.979, de 6/2/20, que em sua abertura diz o seguinte: “a lei dispõe sobre as medidas que poderão ser adotadas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto que se iniciou em 2020”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia decidido que as medidas de enfrentamento da emergência sanitária, ao contrário do que pretendia Bolsonaro, são de responsabilidade das três esferas de poder.
A Lei 13.979 concede às três esferas de governo o direito de adotar medidas restritivas como isolamento, quarentena e restrição a locomoções, entre muitas outras. Foi nessa lei que o governador Ibaneis Rocha e todos os demais governadores do país estão se baseando para decretarem as medidas sanitárias de restrição da circulação de pessoas para impedir a expansão vertiginosa do vírus e não a decretação de estados de sítio, como afirmou erroneamente Bolsonaro. Se dependesse só dele, não haveria nenhuma medida de proteção para que todos se infectem pelo vírus.
A atitude de Bolsonaro não é isolada e não começou agora. Ele vem fazendo tudo que pode, desde o início da pandemia para ajudar o coronavírus a se expandir. Chegou a dizer que o uso de máscara fazia mal. Ele mesmo se recusa a usá-la em suas aglomerações. Seu filho, Eduardo Bolsonaro, o “03”, depois do vexame que passou em Israel, sendo obrigado publicamente a usá-la, mandou que as pessoas aqui no Brasil enfiassem “as máscaras no rabo”. Uma fala típica de miliciano.
Já desde o início da pandemia, Bolsonaro é contra as medidas que todos os especialistas recomendam, ou seja, orientar o uso de máscara, lavar bem as mãos e impedir aglomerações. Ele mesmo promoveu várias aglomerações. Desde o início ele vem também fazendo uma cruzada contra as vacinas e se fixando na vigarice da cloroquina. Por culpa sua, o país está muito atrasado na vacinação. E ele teima em não comprar as vacinas que o país tanto precisa. Faz tudo para criar caso com fornecedores, com o único objetivo de deixar a população a mercê do vírus.
O Congresso Nacional autorizou o uso de R$ 20 bilhões para a compra das vacinas, mas Bolsonaro vem sabotando de todas as formas possíveis a aquisição dos imunizantes. Atacou a vacina do Butantan, atrasou mais de seis meses a assinatura do contrato para sua compra, se fixou em apenas um fornecedor, a AstraZeneca, que não está entregando as vacinas no ritmo necessário, brigou com a Pfizer e aparelhou a Anvisa para não aprovar o uso emergencial dos imunizantes.
Em resumo, trabalhou para o país não ter vacinas. O resultado é que foram imunizados até agora apenas pouco mais de 4% da população. Enquanto isso, o vírus está solto e matando milhares todos os dias.
Também é sintomático do cinismo e da irresponsabilidade do governo Bolsonaro a afirmação feita pelo seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na quinta-feira (11), de que não há colapso nenhum na saúde e que o governo está tomando todas as providências para combater o coronavírus.
Ao contrário do que ele diz, o governo reduziu as verbas para leitos de UTI para 15% do que era repassado no ano passado. Esse escandaloso corte levou vários Estados a entrarem na Justiça para obter os recursos para manter e abrir leitos de UTI. Pazuello mente descaradamente de que estaria atendendo adequadamente aos governadores e prefeitos, enquanto corta suas verbas e, como o “chefe”, manda, ele obedece e também sabota o plano nacional de vacinação.
Todos os dados sobre o agravamento da crise desmentem a fala do ministro. Mais de 16 Estados já estão sem vagas de UTI e as filas para internação não param de crescer. Já são milhares esperando a morte em todo o país. Em São Paulo já são 53 cidades sem nenhuma vaga de UTI. Pessoas já estão morrendo com falta de leitos e sem respirador. Os governadores fizeram um pacto nacional de emergência para pressionar a União a agir.
Mas, para Pazuello, está tudo muito bem, tudo sob controle. Exatamente como ele fez no escandaloso colapso do oxigênio em Manaus. Ele soube dias antes que haveria o colapso e a falta de oxigênio e não tomou nenhuma providência. Agora mente que o governo Bolsonaro está empenhado e fazendo tudo que pode. Realmente, ele e Bolsonaro estão muito empenhados e fazendo tudo o que podem, mas não é para ajudar, e sim para atrapalhar – e muito – o combate à Covid-19.
Outro bolsonarista que se pronunciou tentando advogar pró-governo foi o ministro Ernesto Araújo, conhecido por Beato Salu, o personagem fanático de Dias Gomes. Ele nem bem chegou da ridícula viagem a Israel, a mando do “chefe”, para conhecer o tal “spray nasal milagroso” que nem os israelenses usam, e já saiu afirmando que está tudo bem e que estão exagerando sobre a crise.
Araújo publicou na quarta-feira (10) mensagem em inglês em que critica reportagem do canal de TV norte-americano CNN sobre a situação da pandemia no Brasil. A reportagem chama a atenção para a gravidade da crise brasileira.
Ele também tentou justificar a tragédia com a narrativa de que o governo está de mãos amarradas por decisão do STF. “Depois de decisão da Suprema Corte de abril de 2020, governadores – não o presidente – têm, na prática, toda a autoridade para estabelecer e administrar todas as medidas de distanciamento social”.
O próprio STF já contestou esta ridícula desculpa pelo imobilismo genocida do governo. Todos, inclusive a União, são obrigados a tomar medidas para deter a pandemia. Bolsonaro não só não as toma, como sabota abertamente a luta dos outros contra o coronavírus.
S.C.
O problema é que esse presidente não sabe distinguir estado de sítio de toque de recolher ou seja não têm capacidade mínima de assumir o cargo é vergonhoso e o pior vivi o tempo todo falando asneiras como o meu exército eu sou a Constituição e outras baboseiras, as Forças Armadas é órgão de estado e não governos, certamente você quis dizer a minha milícia. A verdade acima de tudo para que esse desgoverno se acaba pois nada funciona há dois anos e dois meses nós povo brasileiro estamos nas trevas, no entanto, isso vai passar que não sejamos covardes nem malfeitores como parte que apoia esse desgoverno.
desde 2003, quando descobri o Jornal Hora do Povo, comecei a gostar. Porque é um jornal preocupado com a População. Não é capacho de governo Nenhum. tem sua Própria opinião, que serve para mim, também. Quando comecei a ler o Jornal, Sadam Hussein ainda era Vivo, e a Busha, o genocida George W. Bush, era Presidente da Metrópole Estados Unidos.
Ainda bem que eu não votei no Capitão Cloroquina. Como nasci em 1967, tenho necessidade especiais, vulgo Deficiência, até acreditei que uma Ditadura fosse o melhor para este País. O Problema, que a maioria do Povo Brasileiro votou no Capitão Cloroquina, para Presidente da República. o Partido dos Trabalhadores fez o que fez em Benefício da População Brasileira. Paulo Paim, juntamente com Maria do Rosário, fizeram a Lei de Pessoas com Deficiência. O Estatuto das Pessoas com Deficiência. foi Promulgada por Dilma Rousseff. o que Dilma sofreu, com Eduardo Cunha atrás, foi um Golpe.
Votlou a recessão e a inflação. a maioria do Povo Brasileiro escolheu o Retrocesso para o País. voltamos aos tempos de Fernando Collor de Melo e dos anos de João Baptista Figueiredo.