“Não é patriota quem prega violência, quem destrói o patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros por diferenças ideológicas, quem se arma para derramar o sangue dos seus patrícios”, discursou
O ministro Bruno Dantas criticou, na quarta-feira (14), ao tomar posse como presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que realizaram atos de vandalismo e terror em Brasília, na última segunda-feira (12).
Dantas disse que “não é patriota” quem “destrói o patrimônio público ou privado”.
A cerimônia foi acompanhada por diversas autoridades, entre elas o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os chefes do Legislativo e do Judiciário. Convidado, Jair Bolsonaro não compareceu.
“Não é patriota quem prega violência, quem destrói o patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros por diferenças ideológicas, quem se arma para derramar o sangue dos seus patrícios”, discursou Dantas, que foi bastante aplaudido.
Estavam presentes os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do STF, Rosa Weber.
“VIGOR DAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também ganhou assento à mesa principal de autoridades. Bruno Dantas afirmou que a quebra de protocolo ocorreu a pedido dele, porque Moraes “encarna o vigor das instituições brasileiras”.
“Quebrei o protocolo e fiz que estivesse presente aqui na nossa mesa este homem que encarna o vigor das instituições brasileiras na defesa da democracia, excelentíssimo senhor ministro Alexandre de Moraes.”
O presidente do TCU também exaltou a auditoria das urnas eletrônicas realizada pelo tribunal e defendeu o combate à pobreza e à fome.
Dantas já exercia interinamente o comando do tribunal desde julho, quando a ex-ministra Ana Arraes deixou a presidência e se aposentou. O ministro Vital do Rêgo tomou posse como vice-presidente. O mandato dos dois terá duração de 1 ano, com a possibilidade de reeleição.
O presidente eleito Lula sentou-se na primeira fileira, ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB), e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Apesar da ausência de Bolsonaro, alguns ministros do governo federal estiveram na posse, como Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).
Desprestigiados, todos os ministros de Bolsonaro se sentaram no final das cadeiras do auditório do TCU onde foi realizada a solenidade.
O presidente eleito Lula foi muito aplaudido e prestigiado.
M. V.