
Futuro ministro da Justiça afirma que acampamentos bolsonaristas “viraram incubadoras de terroristas”
A Polícia Civil do Distrito Federal identificou que o homem que colocou um explosivo em um caminhão com combustível era bolsonarista, participava das manifestações golpistas e queria realizar um atentado terrorista no Aeroporto de Brasília.
O empresário de 54 anos, chamado George Washington de Oliveira Souza, viajou do Pará para Brasília, onde tentou realizar o atentado.
No apartamento na região sudoeste da capital, onde estava alojado, a Polícia encontrou outros cinco explosivos e um arsenal com oito armas, centenas de munições e uniformes camuflados.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que esses “graves acontecimentos (…) comprovam que tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível”.
“Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”, continuou Flávio Dino.
“4. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem. 5. O delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição. 6. Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”, escreveu Dino.
“Irei propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas”, continuou.
O terrorista montou um explosivo com um temporizador e o entregou para um comparsa, que colocou o objeto em um caminhão que transportava querosene de aviação.
O motorista do caminhão percebeu o objeto estranho que foi colocado no automóvel e chamou a polícia, que desarmou a bomba e identificou os responsáveis.
O plano inicial era causar a explosão em um poste, atrapalhando a distribuição de energia em Brasília.
Flávio Dino reconheceu a eficiência da Polícia Civil do DF no caso, mas lembrou “que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos. O delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição”.
O futuro ministro e a Polícia Civil do DF divulgaram imagens das armas que foram apreendidas sob posse do bolsonarista George Washington de Oliveira.
Ele tinha duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de cartuchos de munição e uniformes com camuflagem. Também foram apreendidas cinco emulsões explosivas.
O bolsonarista tinha registro CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), mas em situação irregular. Ele deverá responder por crime contra o estado democrático de direito, além de posse e porte ilegal de armas, munições e explosivos.
Dino apontou que “o armamentismo gera outras degenerações” e “superá-lo é uma prioridade”. “As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem”.