“Qualquer instituição é passível de sofrer crítica, é saudável. Não pode ficar a crítica ácida apenas em cima dos partidos”, afirmou a presidente do PT
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, disse que não pediu o fim da Justiça Eleitoral e que “qualquer instituição é passível de sofrer crítica”. A polêmica se deu porque a presidente do PT criticou as multas aplicadas aos partidos que não cumpriram a cota de gênero nas eleições passadas.
“Eu não pedi o fim da Justiça eleitoral. Eu fui mal compreendida. Eu fiz uma crítica muito dura à Justiça Eleitoral, à equipe técnica da Justiça Eleitoral. Qualquer instituição é passível de sofrer crítica, é saudável. Não pode ficar a critica ácida apenas em cima dos partidos”, afirmou. Ela disse que os valores estabelecidos não eram exequíveis e que os partidos não teriam dinheiro para arcar com a cobrança.
A declaração foi dada durante a comissão especial para discutir a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Anistia, que propõe perdoar punições às siglas que não destinaram ao menos 30% das reservas do fundo partidário para custear candidaturas femininas e de pessoas pretas e pardas até as eleições de 2022. Gleisi criticou as multas aplicadas pelo TSE.
A deputada afirmou que foi mal compreendida ao criticar a Justiça Eleitoral e sugerir que “algo estaria errado” no fato de o Brasil ser o único país a ter esse sistema constituído. Ela disse, ainda, que, “por mais relevante que seja o papel da Justiça Eleitoral, seu funcionamento está sujeito ao escrutínio da sociedade”.
Interpretando o pronunciamento da deputada e dirigente do PT como uma agressão ao TSE, o ministro Alexandre de Moraes rebateu a parlamentar com uma nota. “Afirmações errôneas e falsas realizadas no intuito de tentar impedir ou diminuir o necessário controle dos gastos de recursos públicos realizados pelos partidos políticos, em especial aqueles constitucional e legalmente destinados às candidaturas de mulheres e negros”, disse Moraes.
“companheira” Gleisi Hoffmann, os partidos(maioria)usam e abusam dos fundos partidário e eleitoral tirando vantagens e ignorando as Leis que os regulamentam. usam os recursos ao bel prazer, e ainda não querem ser punidos pela Justiça Eleitoral??
Com todo respeito, leitor, você não sabe o que são essas multas – e o quão injustificadas são boa parte delas, nem como são absurdos os seus valores. Se queremos ter partidos que garantam a democracia, é necessário ter uma Justiça Eleitoral – essa grande conquista instituída por Getúlio Vargas – que garanta a existência desses partidos.