“É inaceitável que se tente usar as agências reguladoras para impedir o acesso dos brasileiros à vacina”, diz o líder do PSB na Câmara
O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da bancada do PSB na Câmara, defendeu que os Estados e municípios possam comprar e distribuir as vacinas aprovadas nos Estados Unidos, União Europeia, Japão ou China contra a sabotagem bolsonarista à vacina.
“Nossa preocupação é garantir que os brasileiros tenham acesso o mais rápido possível a uma vacina segura”, declarou Molon.
“É inaceitável que se politize essa questão e se tente usar, inclusive, agências reguladoras para impedir ou dificultar o acesso dos brasileiros à vacina”, disse o deputado.
Molon apresentou, em outubro, um projeto de lei (PL 5017/20) para permitir a medida e que prevê um repasse de R$ 2,6 bilhões da União para os estados e municípios para a compra das vacinas.
O projeto tem sido muito comentado no Congresso Nacional e pode ser votado na próxima semana. Molon pede urgência.
“Vamos lutar para que estados tenham auxílio financeiro e possam organizar as próprias campanhas de vacinação”.
“Precisamos de um fundo nacional de imunização contra a Covid-19 para que estados tenham recursos para vacinar a população. Não podemos ficar reféns desse governo antivacina!”, afirmou.
O governo Bolsonaro tem tentado sabotar a vacinação no Brasil, enquanto ela começa a acontecer em diversos países do mundo.
Através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro tentou paralisar os testes da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, da China, por conta do suicídio de um voluntário, que não tinha nada a ver com a vacina.
Depois de mostrar que vai utilizar a Anvisa de forma politizada, disse que só poderão ser distribuídas vacinas aprovadas pela Agência.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que em fevereiro chegarão 15 milhões de doses da vacina produzida pela universidade de Oxford. Somente no final do primeiro semestre de 2021 serão 100 milhões de doses, segundo promessa.
Ele disse que outras vacinas só serão adquiridas caso haja “demanda e preço”.