Weintraub disse isso ao se juntar com os milicianos do grupo “300 do Brasil”, que foi expulso da Praça dos Três Poderes pela Polícia Militar do Distrito Federal
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, atacou vários ramos da ciência e disciplinas acadêmicas, na manhã deste domingo (14). Ele disse que não quer mais sociólogo, antropólogo e nem filósofo com o seu dinheiro, ou com recursos vindos de impostos.
Sua ode à ignorância se deu no encontro com o grupo de extrema direita intitulado “300 do Brasil”, chamado pelos procuradores de Brasília de “milícia armada”. Ele foi se solidarizar com eles, depois do desmonte do acampamento do bando a mando do governo do Distrito Federal.
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“Todas as universidades que a gente tem, não brota da terra o dinheiro, vem do imposto. Quando a gente for comprar pão, gasolina para a moto, telefone celular, vem imposto. E esse imposto é usado para pagar salário de professor, de técnico, bolsa, alimentação, tudo isso. Eu, como brasileiro, eu quero ter mais médico, mais enfermeiro, mais engenheiro, mais dentistas. Eu não quero mais sociólogo, antropólogo, não quero mais filósofo com o meu dinheiro”, disse o ministro da Educação.
Para ir ao encontro do grupo o ministro burlou duas normas. A obrigação de usar máscara e a proibição de entrar na Praça dos Três Poderes, que estava fechada para manifestações por ordem do governo do DF.
“Com o meu dinheiro que eu pago imposto, eu quero mais médico, mais enfermeiro. Se o cara quer fazer filosofia, vai fazer com o dinheiro dele. Meu filho pode fazer filosofia? Lógico que pode. Papai, quero fazer filosofia. Filhão, você já tá trabalhando? Vai ganhar dinheiro e vai”, prosseguiu o ministro da Educação.
Diferente do comportamento que teve diante da Polícia Federal, ocasião em que ficou caladinho, o ministro da Educação falou bastante para os milicianos. Ele voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Repetiu e confirmou sua fala na reunião ministerial do dia 22 de abril, sobre o que faria com “esses vagabundos, a começar pelos membros do STF”.
“Já falei qual a minha opinião o que eu faria com aqueles”, disse ele, sendo saudado pelos presentes com um coro de “Weintraub tem razão, Weintraub tem razão!” Esse é o mesmo grupo que carregou o ministro nos ombros quando ele saiu do depoimento à PF há alguns dias.