O vice-presidente do PDT e ex-ministro Ciro Gomes criticou as comemorações de Bolsonaro e governistas pela assinatura do acordo do Mercosul com a União Européia (UE).
“Muito barulho entre os governistas sobre a velocidade com que, em menos de seis meses de governo, Bolsonaro logrou concluir o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia, afinal, estas negociações “se arrastavam há mais de 20 anos”. Pode ser… Mas é muito importante que coloquemos dois pés atrás antes de comemorarmos qualquer coisa para além desta pseudovelocidade: em matéria de entendimentos internacionais quase sempre a pressa é inimiga da perfeição”, escreve Ciro em artigo avaliando a assinatura do acordo (O tratado Mercosul-União Européia).
“Por que este tratado demorou tanto? Resposta óbvia: porque há uma brutal confusão de interesses envolvidos. Vejamos os principais: agricultura e pecuária versus indústria; interesse estratégico de Brasil versus Argentina e demais companheiros de Mercosul; mortal assimetria na competitividade sistêmica entre os dois blocos econômicos”.
“A ideia de livre comércio deve guiar os esforços da humanidade, não tenho reservas a isto, mas, não sejamos abestados, como diria Tiririca: a taxa de juros que financia o industrial europeu é menor que um sexto daquela que financia o industrial brasileiro, a sofisticação tecnológica média do produto europeu é, pelo menos, três gerações na frente do produto industrial brasileiro médio, a indústria europeia compete com larga escala em sua oferta, no Brasil, 7 em cada 10 empregos são oferecidos por pequenas empresas. Juntem-se os problemas de logística, de produtividade, de barafunda tributária, de manipulação populista da taxa de cambio em favor do consumismo e, é possível entender porque, sob o ponto de vista industrial, este acordo – precisamos lê-lo – pode ser devastador para o Brasil: o buraco em nossa conta com o estrangeiro em manufaturados, quando crescemos pífios 2%, chega a mais de U$ 120 bilhões de dólares em apenas um ano! Pegue tudo isto e multiplique por 100 e teremos uma pista para a devastação que liquidará os últimos suspiros de uma indústria argentina”, analisou Ciro.
“É assim: no momento desta assinatura os dois principais países do Mercosul agonizam economicamente guiados por uma visão estúpida imposta a ambos por influência estrangeira. A Argentina está praticamente completando a destruição total de seu parque industrial e o Brasil está completando a pior década em 120 anos (!) em matéria de desenvolvimento econômico. Nossa indústria, que já foi quase um terço de nosso PIB, definha hoje para menos de 10%”, aponta no texto.
Ciro diz que “Bolsonaro em seu despreparo troca os pés pelas mãos autorizando agrotóxicos banidos na mesma Europa, que desdenha das políticas de proteção de populações tradicionais especialmente indígenas, que ameaça a política de reserva legal ou de proteção de biomas e recursos hídricos sensíveis está dado. Mas isto é prato cheíssimo para um surto de neoprotecionismo, agora a nobre e respeitável pretexto de retaliação ao produto agro-pastoril originário do Brasil”.
“É, amigos, Bolsonaro precisa aprender que o Céu não é perto… O problema é que quando ele aprender poderá ser muito tarde para o Brasil”, conclui.
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O que seria “atestado”? No meu dia a dia não utilizo esse termo estranho!
Não é “atestado”, leitor. É abestado.
O Brasil tem leis que regulam os monopólios. Vocês querem o estado brasileiro nas suas mãos. Onde o estado entra escancaram as portas da corrupção.
Por isso é que a Esso, a Shell, a Lockheed, a GM, a Ford, etc., etc., são as empresas mais honestas do mundo, não é? Quanto às leis, não é verdade. A legislação antimonopolista no Brasil é, hoje, uma das mais fracas do mundo. Mas não é apenas isso: mesmo a aplicação dessa pouca legislação é praticamente inexistente.
“Abestados” é um termo usado no Ceará do Ciro, que quer dizer otários, engabelados, enganados, despreparados, sem noção…etc.
QUEM DERA ESSA ABERTURAFOSSE REALMENTE VERDADE. SEJA COMO FOR, O PROTECIONISMO À FRACA INDUSTRIA NACIONAL, PRECISA ACABAR PARA QUE O PAIS POSSA PROGREDIR E SE MODERNIZAR.
Nao acredito que irao zerar as taxas de importacao e, dessa forma acabar com o protecionismo à fraca e obsoleta industria brasileira, principalmente a de alimentos. Nao vao nem mesmo reduzi-las.
O governo fala em acordo comercial entre o Brasil e a UE, esquecendo que, antes, deveria ter combatido o protecionismo à industria brasileira que banca a campanha das eleicoes no Brasil, revisando as leis de importacao que hoje sao consideradas as piores e mais desonestas de todo o planeta, chegando a taxar algumas mercadorias em quase 500% , mais dazio e impostos internos como o ICMS, mais mesa de cambio e taxas de conversao de divisas, sem contar a exigencia do famigerado RADAR, do CPFE e da obrigatotiedade de CNPJ, com limites de importacao e o miseravel sistema de sinais na internacao das mercadorias e do protecionismo, dado aos seus apaniguados, nas cargas em groupage.
Se for verdade – o que nao acredito – ao contrario do que pensam, seria excelente. Além de aumentar a oferta de emprego, obrigaria a fraca industria nacional a se adaptar ou falir. É para isso que serve o BNDES, para ajudar a industria e o comercio a progredirem e se tornarem competitivos. É dessa forma que um pais cresce. Foi assim que fizeram na chinesa Hong Kong.
Leitor, Hong Kong é uma ilha, uma colônia inglesa até há pouco, e sua “indústria” é financeira (e estrangeira). Até hoje, mesmo depois que a ilha foi devolvida aos chineses (depois de 155 anos de dominação britânica, que se estabeleceu com a primeira das infames guerras do ópio), aquilo é uma miséria desgraçada, sem legislação trabalhista ou previdenciária. Hong Kong não produz nada – nem existe espaço para isso. É apenas um centro bancário e entreposto comercial para mercadorias produzidas na China continental ou em outros países. Além de ser um centro das máfias chinesas. É esse o exemplo que você acha que o Brasil deve seguir?
Não é “atestado” o abestado, é “abestado
Da fala de Ciro Gomes, não há o que alterar. Tudo está certo. Aconselho a quem puder conseguir um exemplar, ler o livro “Condenados ao subdesenvolvimento” de Kurt Rudolf Mirow. Escrito na década de 70, o livro é profético. Estamos no grau de penúria que ele descreveu. Ciro Gomes não exagerou, até amenizou
O Acordo UE&Mercosul coloca o Brasil no caminho sem volta, nova e mais moderna legislação trabalhista a nível de primeiro mundo tudo que sai do caixa das empresas na forma de encargos,13° e Férias etc. Anualizado dividido por 12meses/ dias úteis e / por 08h = R$ xx,xx por hora de trabalho.
Simplificação e segurança jurídica trabalhista pro gerador e colaborador.
Nenhum caminho é sem volta, leitor. Mas o que você quer dizer é que o acordo nos coloca no caminho da escravidão?
Não temos como competir com um mercado aonde o financiamento da produção e infinitamente mais baixo que o Brasil, que o custo logístico também, a carga tributária idem, um parque industrial infinitamente mais moderno, portanto gerando economia de escala. A pauta Brasileira de exportaçao esta voltada para matéria prima e grãos, enquando importamos manufaturados com maior valor agregado, não significa a escravidão mas o inicio do fim a industria doméstica, mais desemprego e aumento da pobreza.
Ciro é da turma que também proibiu o País de importar componentes eletrônicos para favorecer indústrias nacionais e atrasou nossa nação por décadas.
As indústrias que produzem aqui são, em sua maioria, multinacionais.
Se não produzem melhor é por falta de concorrência. E o que determina concorrência é o mercado aberto.
Precisamos dar um basta nestes palpiteiros e politiqueiros que não perdem a oportunidade de despejar seus excrementos.
Multinacionais são monopólios, leitor. Não é pela concorrência que elas se estabelecem – e sim pelo maior poder financeiro. O objetivo do acordo não é fomentar a concorrência, mas escancarar o país para esses monopólios, ainda mais do que está hoje, e facilitar suas importações.
“As indústrias que produzem aqui são, em sua maioria, multinacionais.” Não são a maioria, mas são as maiores, o que só piora a situação, pois a maior parte do lucro dessas empresas vai para fora do Brasil.
Realmente precisamos “dar um basta nestes palpiteiros e politiqueiros”, começando por você.
Um sonhador.
Por quê?
Bom dia!
Como provê o velho ditado: “Antes estar vivo para ler isso, do que morto.”
Mas, até que em algum momento ele foi real: Brasil e Argentina realmente agonizam economicamente, realmente estão muito atrás dos países do bloco europeu.
Mas, a pergunta é: Porque será? Como isso aconteceu? Quem deixou chegar nessa situação? E iríamos permanecer assim até quando?
A cada dia, principalmente no começo de uma nova semana, vem uma mancada deste medíocre capitãozinho expulso do Exército. Pessoa completamente despreparada que a a Ultra direita colocou para se aproveitar da ignorância dele. Estou decepcionado com tudo que ouço e vejo desta criatura, eleito pelas Fake news, pelo fanatismo religioso, associado à corrupção política.
Medíocre são pessoas como vc que está a todo tempo torcendo contra o país em nome de defender e apoiar um bandido de nove dedos que saqueou nosso país. E ele não foi expulso do exército. Nota do exercito esclarecendo essa falácia: ” O Exército Brasileiro, através de sua assessoria de comunicação, desmentiu o fato, e explicou que o Militar passou a integrar a reserva, por ter sido eleito vereador pelo estado do Rio de Janeiro em 1988.”
Realmente, ele não foi expulso do Exército. Foi obrigado a sair dele, pois sua convivência com o meio militar tornara-se impossível: v.HP 16/08/2018, Terrorismo de baixa potência).
A fragilidade de nossa tecnologia com o mercado internacional ainda é sucateadas.
E impostos auto e exorbitantes das indústrias pelo governo do Brasil. Nada se- ajustar com a concorrência desleal. Entre um país é outros. Entre tecnologia e tributação e importação de um mercado pelo outro. Poeta Gaszas Noslege &filósofo
01/07/2019 BELO HORIZONTE MG
No fim quando o Brasil estiver devastado, o repórter vai entrevistar o mais otimista, perguntando como será o destino do brasileiro, e ele responde que vamos comer lixo, aí ele entrevista o pessimista, que acha que o lixo não vai dar pra todo mundo, é isso ai.
Esperemos que, antes disso, o povo brasileiro consiga mudar a situação.
Se fosse bom não seria tão fácil assim.
Resumo:
A indústria européia dominará a nossa.
Nosso Agro, contaminado por pesticidas e práticas mal vistas na Europa, não compensará as perdas.
Mau negócio para o Brasil.
O acordo Mercosul & Egito, demorou 7 anos para ser implementado, e teve inicio em 2010, na missão do ex ministro Miguel Jorge, ao Irã, Egito e Libano da qual participei, com 80 membros. Imaginem um acordo entre a comunidade européia e o Mercosul, quantos anos não vai levar? Por esta razão, as Câmaras de Comércio deveriam ser acionadas para ajudar a acelerar o processo, para transformar a utopia em realidade com profissionais experientes a frente das negociações finais e que saibam o que é um MOU. Aliás, por falar em MOU, quando iniciaremos as negociações com os blocos existentes e que estão se formando na África, com o apoio dos bancos de desenvolvimento e Eximbanks existentes no continente, ignorados por nosso governo? Aliás, a FCCE, poderá em muito ajudar a empurrar estas negociações. Acessem – http://www.fcce.org.br