“A bancada quer ter os seus espaços e o União Brasil nasceu para a gente fortalecer a democracia, as instituições. A gente não pode ter um país cheio de turbulência. é hora de voltarmos a ter paz, tranquilidade, não fustigar as instituições, o Estado de direito”, completou o deputado Luciano Bivar
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, disse que o partido não será oposição ao governo Lula (PT) e está disposto a compor a base governista: “tudo é uma questão de conversar”.
“Nós não seremos oposição ao governo Lula de jeito nenhum, mas somos independentes. Podemos integrar a base, sim. Estamos sempre dispostos”, afirmou o dirigente partidário em entrevista ao jornal O Globo.
“Se tivermos uma representação significativa como a que temos na Câmara dos Deputados, queremos conversar com o governo diariamente. É o maior partido independente do Brasil”, continuou.
Luciano Bivar disse que ainda vai discutir com a bancada eleita sobre o tema, “mas eu não faço nenhuma objeção”. “Tudo é uma questão de conversar com o governo. Mas não existe, por conta disso, uma aliança dogmática. Nós temos os princípios do União Brasil”, completou.
“A bancada quer ter os seus espaços e o União Brasil nasceu para a gente fortalecer a democracia, as instituições. A gente não pode ter um país cheio de turbulência. é hora de voltarmos a ter paz, tranquilidade, não fustigar as instituições, o Estado de direito”, completou.
O União Brasil nasceu da fusão, concretizada no começo do ano, entre o PSL e o DEM.
Bivar, que era o presidente do PSL e se tornou presidente da UB, contou que “todos os partidos que brigavam pelas instituições, pela democracia, enxergam o governo [eleito] com um sinal de grande simpatia”.
“O liberalismo econômico que nós defendemos não é você se apropriar dos bens de Estados. A própria Petrobrás é um bem do Estado. E acho que a gente, o que tem que fazer é tornar essas empresas estatais que sejam rentáveis. Não é por ser estatal que tem que privatizar”
Na sua avaliação, foram as ameaças à democracia que fizeram Jair Bolsonaro perder as eleições. As manifestações bloqueando estradas contra o resultado das urnas é mais uma demonstração do golpismo desse bando.
“Isso é uma insanidade. Quem tem um mínimo de formação constitucional, de Estado de direito, só pode caracterizar como insanidade. (…) Tudo eu fiz pela nossa democracia e vou continuar fazendo. Sou um radical do Estado de direito”.
Luciano Bivar apontou que, apesar do partido defender o liberalismo econômico, não é a favor da privatização de todo o patrimônio estatal. Ele ressaltou que é contra a privatização da Petrobrás, por exemplo.
“O liberalismo econômico que nós defendemos não é você se apropriar dos bens de Estados. A própria Petrobrás é um bem do Estado. E acho que a gente, o que tem que fazer é tornar essas empresas estatais que sejam rentáveis. Não é por ser estatal que tem que privatizar”, analisou.