O vereador de São Paulo, Gilberto Natalini (PV), afirmou que Carlos Alberto Brilhante Ustra “era um facínora, um torturador, um assassino, uma monstruosidade”.
O vereador se disse indignado e repudiou a homenagem que Bolsonaro fez a Brilhante Ustra, recebendo a viúva dele, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, no Palácio do Planalto, na quinta-feira (8), para um almoço. Depois do encontro disse que Brilhante Ustra é um “herói nacional”. Ver “Herói nacional” de Bolsonaro é um torturador e assassino
O vereador do PV rebateu: “E o presidente do Brasil exalta essa figura! Defensor de tortura e torturador!”.
“Fui torturado por Brilhante Ustra. Quem defende tortura, como Bolsonaro, é louco degenerado ou não pertence mais à espécie humana. Ustra era o terror, a cara da bestialidade”, publicou Natalini em suas redes sociais.
Brilhante Ustra chefiou um dos aparelhos de tortura da ditadura em São Paulo, o DOI-Codi, onde houve 47 assassinatos sob sua direção.
Dias depois, respondendo aos ataques que sofreu dos bolsonaristas pelas redes sociais, Natalini disse que “a campanha e eleição de Bolsonaro, produzida pela roubalheira do Lula/Dilma/PT, liberou uma legião de bestas/feras, defensores da tortura e torturadores”.
“A robozada do Bolsonaro está em polvorosa comigo. Sinal que incomodei. Defendem a tortura. Tangem à bestialidade”, continuou Natalini.
“Boa parte dos defensores do Bolsonaro justificam e defendem a tortura, que é um ato indefensável. Precisam fazer grande esforço para regressar à espécie humana. Pois tortura está no campo da bestialidade. Nem os animais torturam”, concluiu.
O vereador é médico e foi secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) defendeu Natalini. “Parabéns, vereador Natalini. O Brasil precisa conhecer a verdade para que ela jamais se repita”, disse.
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