
O ativista e líder comunitário palestino, Awdah Hathleen, de 31 anos (também conhecido como Oudeh Hadalin) foi morto por um nazista assaltante de terras palestinas israelense. A vítima participou da produção ao colaborar com a filmagem do documentário, Sem Chão (No Other Land), ganhador do Oscar de 2025 de Melhor Documentário.
O documentário mostra a destruição da região de Masafer Yatta, um conjunto de aldeias palestinas, pelo exército de Israel.
Um dos codiretores do documentário, o israelense Yuval Abraham, postou a notícia do assassinato de Hathleen na rede social “X” e um vídeo do assassino israelense, o colono Yinon Levi, em que este abre fogo contra palestinos.
“Yinon Levi, um colono sancionado por violência severa contra palestinos, está atirando em moradores de Masafer Yatta. Oudeh Hadalin, um amigo que nos ajudou a filmar No Other Land, foi baleado na parte superior do corpo e está em estado crítico. Os moradores disseram que Levi é o atirador,” postou Abraham.
Outro codiretor, Basel Adra, postou uma mensagem lamentando a morte de Hathalin: “Meu querido amigo Awdah foi massacrado esta noite. Ele estava parado em frente ao centro comunitário em sua aldeia quando um colono disparou uma bala que perfurou seu peito e tirou sua vida. É assim que Israel nos apaga – uma vida de cada vez.”
Essa não é a primeira vez que um palestino foi vítima de ataques pela produção do documentário. Em março desse ano, um outro codiretor, Hamdan Ballal, foi espancado por uma turba de colonos israelenses e logo depois preso e mantido sob custódia de militares israelenses, mesmo com ferimentos no estômago e na cabeça.
O assassino, o fanático racista Yinon Levi, que por seu fanatismo e violência havia sofrido sanções do Reino Unido, da União Europeia e dos Estados Unidos, junto a outros colonos terroristas, para depois ser isentado de sanções nos EUA pelo presidente americano, Donald Trump, que mantém o mesmo bilionário fluxo de armas a Israel em meio ao massacre em que a fome é usada como arma de guerra pelo governo genocida israelense.
A mídia israelense havia divulgado que, Levi foi preso, segunda-feira, pela suspeita do assassinato de Hathleen, mas foi solto no dia seguinte e se encontra em “prisão domiciliar”.
Mesmo assim, sanções contra colonos israelenses por parte de países ocidentais, são na maior parte puramente simbólicas, com a única intenção de dar a impressão de que alguma coisa está sendo feita para impedir o genocídio contra palestinos pelo apartheid israelense quando este vai assumindo cada vez mais abertamente a face de regime de extermínio.
Desde outubro de 2023, na Cisjordânia, mais de 1000 palestinos foram mortos, ou pelas forças de israel ou pelas ações dos colonos que invadem territórios palestinos aterrorizando a população que vive da região. 9.500 palestinos foram feridos e 6800 estão desabrigados, deslocados à força de seus lares.
Israel em seu frenesi de destruição e morte, demoliu 3.232 prédios que eram ocupados por palestinos. Tudo para que se concretizem o fanatismo de apagar a Palestina do mapa e anexar todo o seu território.