Os soldados da República Popular de Lugansk encontraram, na aldeia Polovinkino, um centro de torturas e prisões mantido pelo grupo nazista ucraniano intitulado Batalhão Aidar, que integra o Exército da Ucrânia.
O local, que era uma antiga fábrica de salsichas, foi equipado com torres de vigia, postos de tiro e celas para execução de torturas.
Todo o perímetro era fechado por cercas de arame farpado, o que o tornou parecido com os campos de concentração construídos pela Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial.
Junto com o centro de tortura, foram encontrados 30 mísseis antitanques, um tanque e vários veículos. Nas paredes, além de suásticas, há repetidas inscrições do lema adotado pelos colaboracionistas das forças de ocupação hitleristas: “Glória à Ucrânia”.
O Batalhão Aidar, que comandava o centro de torturas, é um grupo neonazista fundado em 2015, logo incorporado pelo Exército da Ucrânia e passou a se chamar 24º Batalhão de Assalto.
Os neonazis foram encarregados pelo governo da Ucrânia da repressão aos movimentos populares independentistas de Lugansk e Donetsk. Aos neonazis foi outorgado assassinar e perseguir.
O Batalhão utilizava o centro de defumação de salsichas como celas. No “teto” da cela ficavam as grades antes utilizadas para defumar as salsichas. De cima, os torturadores jogavam água gelada sobre os detidos.
A vice-ministra das Relações Exteriores da República Popular de Lugansk, Anna Soroka, chamou o local de “verdadeiro campo de concentração, semelhante aos campos de concentração da Alemanha nazista”.
A vice-ministra informa que – de acordo com uma moradora local ali detida – essa forma de tortura com água gelada era usualmente aplicada pelos integrantes do Aidar naquele campo.
Uma mulher que em 2015 foi torturada no local, a enfermeira Oksana K., perdeu 9 quilos em 2 meses. “Eles batem, humilham. Para eles, não somos pessoas. Somos carne meio morta para eles”, testemunhou.
Aleksey, que era membro de um grupo separatista de Lugansk, contou que os nazistas da Ucrânia também enfiavam a ponta de uma faca na costela como forma de tortura. Eles chamavam isso de “fazer cócegas no separatista”.
Foram recolhidas amostras de DNA para que outras vítimas sejam identificadas. Anna Soroka acredita que nas regiões próximas possam existir valas comuns onde os assassinados foram enterrados e acrescenta que estes são relatos iniciais que devem ser acrescidos de novas descobertas de crimes de acordo com o avanço das investigações e dos relatos dos agredidos.
No link abaixo se pode ver as imagens do campo de concentração localizado em Lugansk. O repórter fala em Ucraniano, mas imagens dizem tudo: