
Vice-presidente afirma que o plano para apoiar os setores e manter empregos atingidos pelas sanções “está praticamente pronto”. “Ninguém vai ficar desamparado”, disse
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, declarou que o governo federal vai reforçar as negociações com o governo dos Estados Unidos e que o plano para apoiar os setores e manter empregos atingidos pelas sanções “está praticamente pronto”. “Ninguém vai ficar desamparado”, disse.
Na quarta-feira (30), Donald Trump, presidente dos EUA, assinou o decreto que instala as taxas de 50% sobre os produtos brasileiros, mas deixou de fora cerca de 700 produtos.
Segundo Alckmin, “a negociação não terminou hoje, ela começa hoje”.
O cálculo apresentado pelo vice-presidente no programa Mais Você, da TV Globo, é de que cerca de 36% das exportações brasileiras para os EUA serão atingidas, tais como produtos de aviação, suco de laranja e petróleo. As taxas passam a ser aplicadas a partir de 6 de agosto.
“Aqueles 35,9% [das exportações] que foram atingidos de fato pela tarifa, nós vamos lutar para diminuir. Não damos isso como assunto encerrado. A negociação começa mais forte agora”, afirmou Alckmin.
Ao mesmo tempo, o governo federal está preparando um plano que foca em “preservar o emprego e a produção. Agora, tivemos ontem o tarifaço, então o presidente Lula vai bater o martelo porque isso tem impacto de natureza financeira, tributária”.
“Não damos como assunto encerrado. Negociação mais forte começa agora. Segundo, vamos buscar alternativas de mercado. E terceiro, apoiar setores. Tem pescado muito atingido, mel, frutas, carne bovina e especialmente indústria. Essa é mais difícil de colocar. Tem indústria muito focada naquele mercado [dos EUA]”, explicou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Sua avaliação é de que, com as tarifas, ambos os países saem perdendo. “Nos atrapalha em mercado, emprego e crescimento, e encarece os produtos americanos”.
“Brasil é o maior exportador do mundo, maior produtor do mundo. Vai ter de buscar outros mercados, ou vamos trabalhar com os EUA, pois é um grande consumidor de café. E eles tomam aquele café grandão, eles precisam do nosso café arábica para o blend. Primeiro trabalhar para baixar a tarifa, eles não produzem café”, continuou.