Cantando o samba “Agoniza mas não morre” que o baluarte da escola de samba Mangueira, Nelson Sargento, de 96 anos, recebeu sua primeira dose da CoronaVac, a vacina contra Covid-19, durante cerimônia no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (31).
Nelson Sargento participou da cerimônia ao lado do ator Orlando Drummond, 101, e mais três idosas com mais de 95 anos: a costureira Sebastiana da Conceição, 98; e as donas de casa Dulcinéia Gomes, de 97 anos, e Neiva Brandão, 95.
Após ser vacinado, Nelson Sargento afirmou: “Que felicidade. Noventa e seis anos numa homenagem dessa, a gente agradece a Deus”.
O sambista ainda emendou um dos versos mais famosos de sua carreira:
“Samba,
Agoniza mas não morre,
Alguém sempre te socorre,
Antes do suspiro derradeiro”.
Vamos ouvir por muito tempo ainda. Nelson Sargento devidamente imunizado! "O samba agoniza mas não morre!" pic.twitter.com/XiJL9as4g3
— Eduardo Paes (@eduardopaes) January 31, 2021
Presente no evento, o prefeito Eduardo Paes (DEM) destacou a importância do momento: “Estamos começando a vacinação da população em geral, priorizando aqueles que têm que ser priorizados, a população idosa. É emocionante ver o Nelson Sargento, e saber que ele vai poder continuar vivendo e cantando a sua poesia; é emocionante ver o seu Peru, que encheu de alegria nossas vidas na televisão e no rádio; é uma alegria ver pessoas anônimas que, para suas famílias, seus entes queridos, são tão importantes”.
A partir desta segunda-feira (1/2) e até o fim de fevereiro, a vacinação será escalonada na cidade. Na primeira semana, serão vacinadas pessoas acima de 95 anos. A campanha mobilizará 236 clínicas da família, centros de saúde e postos no sistema drive-thru. Para cada dia da semana, haverá uma idade específica.
Paes afirmou que em dois meses será possível vacinar todos os moradores da cidade acima de 60 anos. De acordo com a prefeitura, ainda este mês o município vai receber mais doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan.
“O nosso desejo e sonho é que nos próximos dois meses, isso obviamente vai depender da chegada da vacina, é vacinar todos os cariocas acima de 60 anos de idade, que é a população mais vulnerável e tem ido mais a óbito com o coronavírus. Nunca é demais para gente fazer um apelo para que as pessoas entendam esse momento, respeitem essas histórias lindas de vida e que segurem um pouco mais a onda, se controlem para que as pessoas possam viver mais “, destacou.